quinta-feira, 2 de maio de 2013

# Peru, mais uma razão para voltarmos: O Candelabro dos Andes.

Ainda encantada pela viagem feita ao Peru em janeiro desse ano de 2013 e por indicação de um grande amigo nosso (Jaime Dalmau) para que visitássemos o  Candelabro dos Andes em nossa viagem, cá estou pesquisando um pouco mais sobre essa enigmática figura. 
Ficamos encantados e ainda mais intrigados ao sobrevoar as linhas de Nazca, certamente voltaremos ao Peru para conhecer Lima e agora também a Reserva Nacional de Paracas.  

Vejam o que encontrei. O relato sobre Nazca traduz exatamente como nos sentimos.


Quando os homens descobrem, em nosso planeta, objetos descomunais, desenhos ou escritas que eles não conseguem decifrar ou datar, nunca resistem à tentação  de atribuí-los a civilizações desconhecidas ou extraterrestres.

Esses mistérios, também, sempre são apresentados como uma espécie de mensagem.


Todos esses diferentes símbolos e essas escritas parecem ter sido traçadas para serem lidas por um observador que  chegasse do céu ou que fosse capaz de subir para as alturas à  bordo  e uma máquina voadora ou pelos poderes de sua própria essência etérea.

A península de Paracas se encontra no Peru, a 300 km a sul de Lima. Ali podemos ver o enigma do Candelabro dos Andes , desenhado numa pequena montanha roxa em forma de neia-lua e que não passa de uma última convulsão da cordilheira dos Andes.

O solo é arenoso. Na superfície existe uma fina camada de cascalho roxo que cobre uma camada espessa de areia 
farinhenta cor de ocre, fina, compacta e sem nenhuma impureza.

O  Candelabro  que,  nas  redondezas,  é  também  apelidado de "Três Cruzes" encontra-se em frente a Pisco, a mais o menos dez milhas marítimas, do outra lado da larga baía.



Querendo alcança-lo por terra é necessário dar uma volta de cerca de  trinta quilômetros.  Os peruanos  são  pouco curiosos por sua própria natureza e acreditamos que nosso amigo Edmond Wertenschlag,  Yvette Charroux  e eu ( Robert Charroux )  fomos  os primeiros a investigar as areias de Paracas neste século.

Atravessamos a baía e após uma manobra difícil de acostamento  por  causa  dos  penhascos  abruptos, conseguimos  desembarcar a um quilometro  do Candelabro, em 30 de abril de 1969.

Edmond Wertensohlag e os marujos do iate( Alugamos o iate no hotel de Paracas. Em geral servia para levar turistas a passear em direção ao Candelabro , mas nunca fundeava . O capitão  nunca tivera desejo nenhum de ver o Candelabro de perto!) poderão confirma-lo : achamos um terreno totalmente virgem.

Não conseguimos descobrir rastro algum da passagem de criaturas humanas. Achamos porém pegadas de puma: depressões redondas em linha reta, pois  aquele animal caminha cruzando as patas.

---    Deve ter passado por aqui durante a noite, observou Yvette Charroux. As pegadas parecem muito recentes.

---    Ou talvez na semana passada, disse Edmond Wertenschlag que estava a par dos fenômenos de Paracas .

    Ou, quem sabe; dez anos atrás?

De fato, existe um fenômeno prodigioso que permitiu ao Candelabro resistir ao desgaste do tempo e das intempéries: as  dunas  de  Paracas  conservam  intactos  durante  séculos  e milênios os desenhos marcados em suas areias roxas e ocres.

Um risco feito com a ponta de um guarda-chuva poderia ficar ali até o ano 2000, se não houvesse nenhuma interferência humana. De nosso ponto de desembarque fomos nos aproximando do Candelabro, caminhando sobre uma estreita faixa de areia semi dura à beira do Pacifico.

As dunas se erguiam à esquerda com um aclive de perto de 40º  até mais ou menos quatrocentos metros de elevação. A primeira coisa que vimos foram três riscos que desciam do alto até a beira do penhasco. A aparência era a de três passagens de uma roda de caminhão, cujo pneu tinha deixado um sinal largo de uns 25 cm, comprimindo levemente a areia e formando uma depressão de apenas um centímetro.

Como se uma única roda tivesse descido sozinha!

Entenda quem puder...

Quanto mais nos aproximavamos do Candelabro, mais a areia se tornava fofa: víamos os pés descalços de Yvette afundarem até o tornozelo a cada passo, deixando profundas pegadas amarelo  ocre  que  ressaltavam  de  maneira  esquisita  sobre  a superf¡cie roxa em nossa volta.

Antes de nós, somente os incas ou seus ancestrais tinham passado por esses lugares para desenhar aquele estranho monumento.

Caminhavamos colocando com cuidado os pés nas pegada deixadas por Yvette, por uma estranha sensação de respeito  peal virgindade daqueles lugares, e estávamos todos bastante  emocionados. O Candelabro   ---    mas seria mesmo um Candelabro?   ---   encontra-se no declive, desenhado por valetas quase sempre debruadas de pedras calcárias, listradas e quebradiças,  em que afloram cristais de rocha, lembrando um pouco os doces mil folhas dos confeiteiros.

O eixo principal parece o rastro deixado por um barco muito grande ou por uma baleeira que alguem tivesse empurrado do ponto mais alto até a beira-mar. Esse sulco central tem uma largura de mais ou menos 4 metros e meio, uma profundidade de 60 cm e seu comprimento ‚ de cerca de 500 metros.

Os braços do Candelabro e os motivos que poeriam ser figuras ou animais, são menos largos e menos fundos.

As pedras que se encontram nas beiradas ficam meio fundadas na areia. Não parecem ser cimentadas, e mais do que delimitar o sulco, parecem servir de enfeite.

O aclive é ¡ngreme e Yvette teve que se colocar de quatro para  superar alguns  trechos:  assim  mesmo ela não se sentia muito segura, porque durante a tarde o vento sopra com muita violência na região de Pisco.

Os ventos de Paracas são conhecidos no Peru como a "tramontana" é conhecida no Mediterraneo.

Esses pormenores são muito importantes e podem ser resumidos da seguinte maneira: apesar do vento e da inclinação  extrema, não havia sequer um grãþzinho  de areia que se levantasse em nossa volta!

Como se as forças de dispersão estivessem vencidas pela densidade da areia!

Os  sinais de nossa passagem possivelmente levariam  semanas, meses, ou até mais do que isso para se apagarem.

Parece impossível, inacreditável, mas não deixa de ser a verdade: 
os rastos e sinais que em qualquer outro lugar ficariam  apagados em pouco mais de uma hora, conseguem se manter inalterados nas dunas movediças  de Paracas durante séculos  e talvez durante milênios.

O Candelabro  de los Andes data possivelmente da época dos  incas, ou talvez dos aimarás.

Como era de se esperar , os cristãos se apropriaram dessa espécie de monumento ,   batizando-o de as "Três Cruzes" autóctones preferem chama-lo o "Tridente".

Representa uma espécie de candelabro de três braços, um forte eixo central que se apóia num pé de forma retangular .  No centro dessa base encontra-se uma fossa cavada na areia , mas pareceu-nos que  ela era muito posterior aos outros traços .

No topo do eixo central existe uma espécie de totem algo  que  parece uma cabeça e dois braços levantados . Quatro metros mais abaixo dois galhos saem aos lados do eixo e terminam em volutas.

Os dois outros braços do candelabro se afastam do eixo mais ou menos no centro do candelabro, subindo em seguida em angulo reto e terminam, numa altura menor do totem central, em forma de lagarto ou salamandra.

Dois braços de sustentação   ---   que de fato são duas valetas   ---   parecem firmar os dois braços.     Já  disseram que aquilo era uma  árvore da vida; Eduardo Garcia Monteiro, em seu livro Código livre dos piratas, escreveu:

"É um sinal deixado pelos filibusteiros para marcar a proxmidade dos esconderijos de seus tesouros".

Outros ainda acharam que as "Três Cruzes" foram desenhadas por volta de 1835 por um cura, o padre Guatemala  " entre a ponta Pejerrez e a ilha San Gallan, para que os pescadores  da  baia  de Pisco pudessem  vê-la naquelas  paragens  batizadas por ventos furiosos".

Isso, evidentemente, não passa de uma pia mentira, pois o  Candelabro já  fora visto e descrito há mais de um século antes daquela data.     A época e os autores não podem realmente ser indicados  com  certeza.  A  extraordinaria  conservação  daquelas valetas nunca foi estudada por nenhum arqueólogo peruano, e os arqueólogos dos outros países parecem ignorar completamente existência do Candelabro.

A única observação positiva que podemos fazer a esse respeito é que, além de fenomeno da resistência natural à dispesão, própria das areias muito finas, a colina com o desenho é protegida dos ventos dominantes em Paracas pela sua orientação  e pela sua inclinaçã.

Qual poderia ser o significado daquele grande traçado que por falta de uma definição mais apropriada, somos obrigados a charnar de "Candelabro dos Andes"?

Descobrimos um outro "candelabro" maior e mais bonito na pampa de Nazca, e que mais se parece com um relicário.

Sem qualquer dúvida os desenhos de Nazca são relacionados com o Candelabro dos Andes, e encontrar uma explicação pelo candelabro ofereceria os dados necessários para resolver o enigma do outro. Um fato parece inegável: a região de Paracas (baía de Pisco) ‚ muito rica em vestígios arqueológicos aos quais deu o nome.  A ceramica de Paracas é famosa no Peru inteiro.

Em  Paracas  sempre  foi  encontrada  a  ma¡or  parte  das múmias  incaicas que estavam em grutas. Sem dúvida deve haver mais, e poderia se dizer por isso que aquela região era especificamente um lugar sagrado, um lugar dedicado às sepulturas, o que os celtas chamavam uma Ker Lan, ou seja a Cidade do Lugar Sagrado.

Na margem interna da pen¡nsula, que nós visitamos à vontade, e na margem que dá para o oceano (que não fomos ver) só se vêem penhascos escarpados salpicados de fundas cavernas que em parte são entradas de subterraneos abertos para o Pacífico e em parte vastos labirintos cheios de colunas despedaçadas  onde os vagalhões quebram, formando jogos de cores múltiplas.

Nessas grutas foram descobertas as célebres múmias  de Paracas; nossa imaginação  leva-nos a acreditar   ---   e possivelmente foi assim mesmo que aconteceu   ---   que nessas grutas os piratas e corsários da época dos "comboios da prata" escondiam os tesouros, frutas de seus saques.

Teriam sido os piratas a desenhar aquele candelabro o tridente para reconhecer fácilmente o local de seus esconderijos ?

Mas ‚ claro que não!

O candelabro é anterior ao  século XVI; só pode ser visto do continente ou da baía, e é completamente invisivel do mar aberto onde,  lógicamente,  navegavam os veleiros de bandeira negra.

Há  mais, a península de Paracas pode ser fácilmente identificada pois é a única do litoral peruano, e o desenho em forma de tridente com salamandra é muito mais parecido com o dos incas do que com o estilo dos filibusteiros!

O Candelabro deve ser interpretado como um sinal. É a opinião mais aceita no Peru e também o resultado das conjecturas de nosso amiga Kerlan.

Acreditamos não estarmos muito afastados da verdade afirmando que a pen¡nsula de Paracas está  colocada sob a proteção do signo de tabu.

Nas entranhas da colina, os túmulos, as múmias com o ouro e, talvez, tesouros. Na superf¡cie da colina, o candelabro da vig¡lia e do tabu um aviso para não violar aquelas paragens!

Essa poderia ser uma  explicação bastante satisfatória pudessemos aplicar-la também à pampa de Nazca.

Os misteriosos traçados que se estendam por uma  área imensa , sendo que algumas linhas têm um comprimento de 60 quilometros , poderiam estar assinalando e encobrindo uma gigantesca necrópole , repleta de milhares e milhares  de múmias ,  todas elas providas de seu viático em ouro para o além  .

Todo o ouro do Peru . . .  o mais fantástico tesouro do  mundo!

As linhas geométricas, os desenhos de figuras, de flores, animais, lhamas, condores, aranhas e cobras, e de oþjetos como o relicário de Nazca, poderiam ser epitáfios que se tornaram incompreensíveis,  ou  então  estar  marcando  a  delimitação de áreas para tribos , raças, povos ou gerações.

Talvez o prodigioso tesouro dos incas que Pizzaro e Almagro não conseguiram encontrar, esteja dormindo debaixo das areias douradas de Paracas e da pampa de Nazca.

Os cronistas Cieza de Leon e Garcilaso de la Vega  afirmam que este tesouro, mencionado na História e nas lendas , foi ocultado "pelos Orejones antes da chegada dos espanhóis, logo que os incas compreenderam que os invasores se queriam arrancar suas riquezas".

Mas  ocultado onde? A História não menciona o lugar.

Até nossos dias acreditava-se que os esconderijos estavam no planalto entre Cuzco e Machu Pichu, onde vimos alguns túmulos  incaicos ignorados pelos arqueólogos, mas agora seria mais útil que as investigações fossem feitas em proximidade do Relicário de Nazca que ressalta na pampa como uma jóia extraordinária, ao centro de um verdadeiro labirinto de linhas paralelas e cruzadas.

Apesar disso, só existe uma pequena possibilidade de encontrar uma necrópole em Nazca, porque os traços são entrecortados por uma comprida trincheira moderna:  a rodovia pan-americana. Pelo que se sabe, durante a construção da rodovia não foram feitas descobertas relevantes.

Os platôs desérticos de elevação média, entrecortados por vales, se estendem pelo paralelo 15º, entre 73º e 75º de longitude oeste.

Aqui,  nesse deserto muito imprópriamente  apelidado de pampa, podemos ver do ar os misteriosos traçados de Nazca que se espalham por milhares e milhares de hectares.

Se algum quiser vê-los de perto, aconselhamos a ir em primeiro lugar a Lima, alugar um táxi aéreo e prosseguir seja em direção a Paracas  para ver o Candelabro ou então em direção a Nazca, para observar a pampa deserta.

A grande rodovia pan-americana Pisco-Ica-Nazca (Lima-Valpara¡so) passa bem ao centro de todos aqueles desenhos, bem rente à  célebre aranha.

Para um exame mais minucioso precisa ir de táxi de Nazca até o Rio Grande, ou então de Nazca até Palpa.

Essas Pistas  porém, como são chamados no Peru os traçados  e as  áreas de areia clara, existem em todos os lugares, de Paracas ao Chile. 0 melhor sistema para vê-las é sobrevoar a região:  dessa maneira será poss¡vel descobrir e localizar dezenas  e talvez centenas de desenhos ainda desconhecidos.

É recomendável observar um cuidado básico:  esses vôos  de reconhecimento devem ser feitos pela manhã , porque os ventos de Paracas costumam soprar muito violentos na parte da tarde, tornando muito perigosa essa exploração aérea.

Os táxis  aéreos podem ser alugados em Lima, mas com um pouco de sorte podem ser eneontrados também em Pisco onde existe um aeroporto militar.

Domingo,  27 de abril, às 11 horas da manhã, nosso pequeno "pipercub", pilotado por um jovem tenente da base aérea saiu de Pisco em direção sudeste.

Estavamos em companhia de nosso guia e amigo Edmond Wertenschlag.

O tenente conhecia perfeitamente a região que costumava sobrevoar diáriamente   ---    e foi isso que salvou nossas vidas na volta.

Na saída ele me avisou que a uma vintena de quilometros de Pisco poderiamos ver desenhos que poucas pessoas imaginavam existir. Estes desenhos são talvez os mais lindos da pampa; entre outras imagens, representam um condor de asas abertas  e um homem com seu lhama. Filmamos tudo, mas não as fotografamas, pois quer¡amos tolamente poupar o filme para fotografar os traçados de Nazca.

Depois de uma hora mais ou menos estivemos sobrevoando um vale verde que pensamos ser o do Rio Grande.

É  ali que começa a  área dos desenhos.

O  vale  parece uma cobra verde que  serpenteia naquela região árida do Peru onde domiriam as "pampas", que em realidade não passam de desertos de areias e pedras.

De fato é tudo ‚ um deserto, como a península de Paracas com seu Candelabro.   O que mais impressiona quando a gente sobrevoa Nazca são as imensas "pistas de aterrissagem".

Por que "pistas de aterrissagem"?

Não sabemos dizer por que, mas quando a gente percebe o grandes retângulos e trapézios, com algumas centenas de metros ou alguns quilometros de lado, e os feixes triangulares em forma de asas  que se destacam claras sobre o terreno mais escuro , é  essa a primeira idéia que se apresenta à nossa mente.

Todo aquele deserto é completamente coberto por traços  que não deixam nenhuma  área livre.

De um horizonte ao outro as linhas, às vezes paralelas , outras vezes divergentes, mas sempre rigorosarnente retas, sobem pelas cristas e pelas elevações, despencam pelas ravinas , se cruzam, emaranham-se numa profusão de superficies claras: retângulos,  trapézios, triângulos.

Todas elas são bordadas por uma linha escura que realça os contornos.

Qual ‚ o significado daqueles traços? O cérebro fica cansado de tanto pensar numa explicação:    tudo inutil . 
Sempre voltamos à primeira impressão irresistível :  pistas de aterrissagem, comn as de Orly, ou então dos grandes aeroportos de Nova York, Londres ou Tókio.

Limpas e geométricas, todas aquelas pistas parecem traçadas no escritório de um gigantesco arquiteto, de uma poderosa civilização científica extraterrestre.

Tivemos  a impressão  de  que  a imensa página virgem chata e arenosa da região de Nazca tivesse sido impressa à distancia por meio de um "laser" ou de uma projeção fotográfica.

Seria este um traçado que manifesta uma idéia terrestre de mensagem destinada a leitores extraterrestres, ou um balizamento, ou um sistema de sinais deixados por viajantes do espaço? Nossa consciencia hesita e duvida , mas nosso inconsciente fica dominado por impressões contraditórias entre as quais emergeu uma mais forte : aeródromos , "cosmódromos", sinais de "laser " . . . mensagem de uma civilização estelar!

Um racionalista nunca conseguirá admitir que estas impressões refletem uma realidade de fato , mas também nenhum deles , se chegasse até lá , poderia evitar de pensar nas imagens que acabamos de sugerir

É lógico , por outro lado, que precisamos  acreditar aquelas linhas geométricas entremeadas de desenhos de flores , aves, insetos, deuses e imagens surrealistas, não podem deixar de ser o trabalho de algum povo antigo, possivelmente os incas , que morou nessa região do Peru.

Porém, de maneira igualmente lógica, não podemos a ditar que um povo antigo, especialmente um povo sul-americano tivesse suficientes conhecimentos técnicos e cientificos para elaborar uma obra tão colossal cujo traçado, completamente  de qualquer dimensão humana, parece muito mais próximo à uma civilização de titãs .

E como poderiam ter sido feitos esses traçdos? A qual distancia no espaço?

Nossa irrefutável lógica obriga-nos a pensar que some um olho e uma mente afastadas da Terra poderiam garantir aquele traçado perfeito, e isso nos leva a pensar que o arquiteto estava agindo num helicóptero, num avião  ou numa qualquer outra máquina voadora.

Incoerência, contradição , ciência extraterrestre . . . Como  que a gente poderá  resolver esta charada?

Os desenhos de Nazca não são sómente gemétricos: existem tem muitos outros traços também.

A mais ou menos um quilometro do vale, à beira da Panam  (a rodovia pan-americana) está  uma aranha de uns cinquenta metros de comprimento ( estimativa aproximada) .

Naquela mesma zona podem ser vistos também desenhos  misteriosos, "alvos" de sete c¡rculos ou em espiral, um pássaro de bico comprido ( colibris ) , com as asas e a cauda largamente abertas.     Num outro lugar, na região de Palpa (Pampa de Huayuri) nas ravinas entre Chesica e Lim , a caminho de Canta , nas ravinas de Puquio, podem ser encontrados, além das obrigatórias  "áreas de aterrissagem", pássaros, deuses aureolados , cobras com três  cabeças e flores de seis pétalas . . .

Todos estes desenhos são traçados de maneira extraordinariamente limpa; foram estilizados por espíritos superioress  evoluídos e mostram um amadurecimento artístico análogo ao da  maior época pictorial francesa  : entre o fim do século XIX  e o começo do século XX.

Os traçados geométricos levantaram hipóteses fascinantes , mas acreditamos que por enquanto o enigma não foi resolvido.

Existe um importante detalhe,  evidente em qualquer  exame : os desenhos são posteriores  ao traçados das "areas de aterrissagem " , que em qualquer parte aparecem apagados e em parte obliterados pelas figuras .

Da mesma forma que em Paracas, o terreno na região de Nazca é  formado de areia amarela clara, coberta por um véu de cascalho granitico escuro.

Por esse motivo todos os traços ressaltam de maneira  extraordinária deixando aparecer a areia ocre que se destaca contra o roxo denso do solo virgem.

Como em Paracas, as linhas são caminhos estreitos ou valetas pouco profundas, debruadas por uma tira em relêvo de pedras e areia. Em certos lugares essa tira em relevo já  não mais existe, os traçados não passam de rastos misteriosos, como as linhas paralelas encontradas próximas do Candelabro.

Mas, afinal, rastos de que? Feitos de que maneira?

E como é possivel que o ocre amarelo da areia continue aparecendo nas pistas, nos retângulos e nas asas 
triangulares, sem ser finalmente coberto pela camada de cascalho granítico roxo que existe em toda a superficie ? (O prof.  Kosok acha que as pedras escuras das pistas foram retiradas , deixando à vista  o solo mais claro.  Não concordamos com isso:  Não  são as raríssimas pedras que  escurecem  o terreno do deserto  mas  é a  camada de cascalho grossa  cor violeta que esconde o amarelo da  areia. )

E como é poss¡vel que todos os traçados, todos os desenhos tenham resistido à ação do vento e das chuvas, apesar das chuvas serem muito raras?

Como em Paracas, nossos olhos constatam o fenômeno: é  uma verdade inacreditável.

De fato, os ventos e as tempestades da região de Nazca são tão violentos quanto os do Candelabro dos Andes.

Constatamos isso naquele dia 27 de abril 1969, quando nosso pequeno avião teve que interromper seu vôo de exploração porque estava sendo sacudido excessivamente pela turbulência.

Passamos duas horas dramáticas jogados, arrastados e virados pelo vento. Em Nazca e em Pisco os aeroportos estavam interditados por causa das condições atmosféricas espantosas.

Mais tarde, Yvette Charroux, que tinha ficado no aeroporto em Pisco, disse que a poeira da terreno, levantada pelo vento, obstaculava  a  visibilidade  além  de  cem  metros  e  que,  para  não ser jogada ao chão pelas rajadas, ela teve que se proteger atrás da parede do hangar!

Explicamos isso para constatar que enquanto a poeira do aeroporto era levantada e levada pelo vento, ao mesmo tempo e apesar de uma igual intensidade de rajadas, a areia cor de ocre de Nazca ficou perfeitamente imóvel, sem nenhuma perturbação visivel.

Acima  de  Nazca  a  visibilidade  dos  traçados  se  manteve quase que perfeita.

Os historiadores e arqueólogos parecem não estar absolutamente interessados nos traçados de Nazca. Somente o senhor Paul Kosok, professor da Universidade de Nova Iorque, examinou o problema, auxiliado pela senhorita Maria Reiche, astrônoma e matemática de Lima.

Os  estudos  feitos pelo casal levaram  às  seguintes  conclusões :

1 .     Alguns desenhos lembram a decoração das antigas cerâmicas de Nazca.

2.      O  conjunto  dos  traçados  apresenta  uma  organização. Muitas linhas partem de centros que se situam em montículos, em que ainda são visíveis as ruínas de pequenas construções de pedra.

3.     Certas linhas estariam formando verdadeiros calendários agricolas, zodiacais e astronômicos. Indicariam o tempo da semeadura, o surgimento e o tramontar de certas constelações e estrelas, e seguiriam a trajetória de alguns astros.

(Essas hipóteses são desprovidas de fundamento . Nem Pizarro e nem os incas mencionaram os traçados, e também não falaram no Candelabro . Era por que não estavam mais na moda , ou por que eram desconhecidos ou por que eram os vestígios de uma região ou civilização estrangeira e portanto indiferente? ).

"Trata-se  do maior livro de astronomia do mundo",   escreveu o prof. Kosok.

4.     Os desenhos seriam os s¡mbolos totêmicos de tribos diferentes.

Infelizmente essas explicações  não me satisfazem.

Os traçados são, sem nenhuma dúvida, "organizados", no sentido que não parecem ter sido feitos ao acaso. Mostram certa exatidão geométrica, mas por outro lado não ‚ posso distinguir neles alguma coerência ou ligação. As pistas só excepcionalmente partem de um centro geométrico, e nestes não conseguimos constatar pessoalmente nenhum vestígio de construção.

Seria  decepcionante  procurar  algum  motivo  astrológico  porque entre milhares e milhares de linhas que correm em todas as direções poss¡veis é bastante fácil encontrar as direções que  a gente pretende encontrar!

Também é impossível querer tachar os desenhos de simbolos totêmicos, pois as figuras que poderiam corresponder a denominação são uma minoria negligenciável.

As pistas e as  áreas parecem posteriores ao dilúvio universal (faz 12.000 anos), pois caso contrário teriam ficado apagadas.

Talvez  poderiam datar  do  ano  3000  A.C.,  isto  é, na época  em  que  os  Grandes  Instrutores  Orejona  e  Viracocha  vieram do céu para ficar com os povos pré-incaicos.

Segundo  a  tradição,  estes  instrutores,  endeusados  pelo povo, chegaram do planeta Vênus.

A chave dos mistérios de Nazca e do Candelabro podem estar em Vênus, antes que o planeta se tornasse um cometa afogueado que em seguida voltou a ser um planeta estável dentro de  nosso  sistema  solar?

Essa hipótese parece-nos muito tentadora.

É muito dif¡cil acreditar que a rala, paupérrima e pouco esclarecida população do sul do Peru, poderia ter concebido a página de calendário e as tabelas astronomicas de Nazca.

O esmero e o planejamento daqueles não parecem pertencer à imaginação de um terrestre.

É poss¡vel que os autóctones tenham  executado a parte técnica da obra, mas acredito que o conceito surgiu num cérebro superior, alheio ao planeta Terra.

Nosso correspondente e amigo Robert Carras, de St. Rambert-d'Albon, acha que os traçados de Nazca sugerem que a Terra poderia ter sido marcada a fogo, por parte ou em benefício de viajantes vindos do cosmo.

Seria  essa  a  assinatura  de  Orejona?  pergunta  Robert Carras

Parece esquisito que o senhor Kosok tenha se esquecido de estabelecer um relacionamento entre o que antigamente acontecia na zona de Nazca  e o que ainda hoje pode ser visto: os peruanos e os bolivianos do século XX escrevem nas numerosas montanhas do antigo Império dos incas os slogans:

"Viva el Peru", ou "Viva X e Y", usando para isso:

-     Uma espécie de agave que não enraíza, e que eles colocam para formar as letras, que então aparecem escuras sobre um fundo claro;

-     Zonas claras de areias, obtidas retirando-se as pedras, que colocam em volta das letras, que então tomam o aspecto de pistas. 
  
  

Pesquisa realizada no site: http://www.geocities.ws em 02/05/2013.
Extraido do livro :  O Livro dos Mundos Esquecidos de Robert Charroux  -  Editora Hemus  -  1971 

Prontos para voar!


As linhas enigmáticas de Nazca.

As linhas enigmáticas de Nazca.
Forte abraço a todos! 
Boas estradas!

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