sexta-feira, 27 de setembro de 2013

#Dicas: Viiiibrrrrrrrrrrações.

Qualquer motor está sujeito às vibrações. Saiba como elas surgem e como são eliminadas*.

Elas estão em toda parte. Seguem todos os movimentos dos motociclistas e resistem a qualquer tentativa de eliminá-las. São a pedra no sapato dos engenheiros e o desconforto dos pilotos. Elas são as vibrações, que em alguns casos são tão atuantes que tomam uma moto teoricamente confortável numa verdadeira cadeira elétrica. As vibrações variam de acordo com o tipo de ciclo do motor, o número de cilindros, a capacidade volumétrica (cc) e o investimento de cada fábrica no sentido de atenuá-las. Eliminar de vez é impossivel.

Existem dois tipos de movimento atuando dentro de um motor: o alternado e o rotatório. A única exceção feita a estes dois tipos é a biela, um caso particular porque uma parte move alternadamente (o pé) junto com o pistão, enquanto outra (a cabeça) move rotatoriamente junto com o virabrequim. A biela é dividida em três partes, sendo chamada de cabeça a parte que se prende ao virabrequim; pé é a parte que se prende ao pistão e haste, que é a ligação entre o pé e a cabeça. Muita gente costuma inverter e trocar os pés pelas cabeças.

Como surgem

Aprilia V2 ApriliaV2: O motor em V ajuda a eliminar as vibrações

Balanceiros Balanceiros: O contra-peso cria uma força para neutralizar metade da força inercial

Os movimentos do motor criam forças, que podem ser divididas basicamente em três: força inercial, provocada pela massa em movimento alternado e força centrípeta, provocada pela massa em movimento rotatório. A terceira força é criada pela variação de pressão dentro da câmara de combustão que, justamente por fazer o veículo se movimentar, chama-se força motriz.

Todas estas forças se descarregam sobre o bloco do motor, quadro e mancais de apoio do motor ao quadro, sendo que a força centrípeta e a força motriz têm uma elasticidade que fazem o motor efetuar pequenos deslocamentos, que se repetem ciclicamente com intensidade independentemente do regime de rotação. Tais deslocamentos pequenos, rápidos e contínuos são definidos exatamente como VIBRAÇÃO, um fenômeno que se pode medir usando dois parâmetros:

- Freqüência- conta o número de deslocamentos numa unidade de tempo.

- Amplitude- mede a distância percorrida do corpo em movimento.

Das forças atuantes no motor, a mais fácil de enfrentar é a força centrípeta. Esta força é produzida por todo corpo em movimento rotatório, na forma de um impulso ao exterior de intensidade tanto maior quanto mais elevada a velocidade de rotação ou a massa do corpo em movimento.

Para ilustrar a atuação da força centrípeta basta se dirigir a um parque de diversões que tenha a terrível montanha russa, com looping. Entre no carrinho e quando começar a se movimentar você será um corpo em movimento. Aí o carrinho começa a subir; subir, pegando embalo e dá início àquela tortura que as crianças adoram e os adultos detestam. Repare que toda vez que o carrinho atingir a parte mais alta do looping, com seu horripilado corpo de cabeça para baixo, a sensação é de estar “colado” na cadeira e por isso mesmo você não cai lá embaixo. Quanto maior for seu peso, ou mais veloz for o carrinho, a sensação de afundar na cadeira será mais forte porque a força centrifuga será maior.

Dentro do motor esta força centrípeta está atuando sobre o eixo de manivelas, popularmente conhecido como virabrequim da seguinte forma: a cabeça da biela, o mancal da biela no virabrequim e o próprio virabrequim girando em alta velocidade criam uma força direta, perpendicular ao eixo do virabrequim, que tende a envergá-lo e “martela” continuamente os mancais de apoio ao bloco.

Para eliminar esta força centrípeta é muito simples: basta criar uma força igual e contrária para obter uma resultante nula. Para isso basta colocar contrapesos correspondentes a cada mancal, divididos em duas massas iguais entre si e que somadas têm a mesma massa dos órgãos em rotação. Tal operação recebe o nome de equilíbrio dinâmico do virabrequim.

A verdadeira vilã do motor é a força inercial, capaz de arrasar noites de sono dos engenheiros, provocar desquites e internações com úlceras perfuradas. Se a eliminação das forças centrípetas resulta fácil, o mesmo não se pode dizer das forças inerciais, que já levaram muitos projetistas ao hospital psiquiátrico.

A força de inércia, provocada pelo movimento alternado (o sobe-desce do pistão, por exemplo), se opõe sempre a qualquer variação de movimento e é proporcional à massa dos órgãos em movimento. A sua aceleração é igual ao dobro da velocidade de rotação do motor. Uma característica da força inercial é que ela sempre tem valores muito elevados e incide sempre sobre o centro do cilindro. Isto origina fortes oscilações do virabrequim, das bronzinas e dos mancais, mas, o que é pior, limita a velocidade de rotação do motor e sua distribuição de potência.

Para entender a força inercial basta pegar uma seringa de injeção (sem a agulha, por favor), tampar a ponta com o dedão, empurrar o êmbolo com a outra mão e quando tiver no auge da compressão destampe o buraquinho. Repita esta operação 14 mil vezes por minuto e você vai perceber como sofre um motor moderno. A força inercial atinge seu grau máximo no PMS (ponto morto superior) e contrasta com a fuga dos gases em expansão e diminuição da intensidade. A situação piora na razão direta do aumento do regime de rotação. Justamente por isso é que os preparadores gastam seus neurônios tentando aliviar o peso das peças móveis. Isto diminui a força de inércia e aumenta o regime de rotações, elevando junto a potência.

Lá vem o combustível para complicar De todas as forças mencionadas até então, a única que os projetistas toleram são aquelas produzidas pela queima do combustível dentro da câmara de combustão. Não é para menos, esta força é a responsável pela liberação da energia necessária para mover o veículo, por isso mesmo chama-se força motriz. Mas nem por isso ela está livre de ser praguejada, já que ela também é uma fonte de vibração.



A CB 450 tinha dois eixos balanceadores ligados ao virabrequim.


Virabrequim: O virabrequim com a biela

Todo cilindro tem sua fase ativa, que pode acontecer a cada duas voltas do virabrequim (motor quatro tempos) ou a cada volta (motor dois tempos). Durante a fase ativa, a combustão gera um impulso sobre o pistão de forte intensidade e breve duração. Por causa da pequena inclinação da biela, este impulso se descarrega em parte sobre o virabrequim e parte na parede do cilindro, criando um torque que tende a fazer o motor girar sobre si mesmo, em torno do eixo do virabrequim.





Aí entram em cena peças importantes: os mancais (ou coxins) de apoio do motor ao quadro, que vão tentar impedir que o motor saia por aí dando cambalhotas por todo lado, mas não conseguem impedir que parte destes movimentos estranhos se transmita ao veículo. Só existe uma forma de minimizar este fenômeno (além de reforçar os coxins, é claro): dividir a cilindrada em vários cilindros, reduzindo assim a intensidade dos impulsos.

As armas para combater a vibração Chegou a hora de acabar com a vibração. Ou melhor, de tentar atenuar o problema, uma vez que não é possível acabar com a vibração, mas apenas diminuir seus efeitos nefastos. A solução mais simples seria aumentar o número de cilindros. Em segundo lugar, acrescentar um ou dois eixos balanceadores.

No primeiro caso, a força inercial de um cilindro é anulada pelo outro correspondente. Diminuindo-se a cilindrada unitária, diminui-se também os valores de massa em movimento alternado, o que influi muito positivamente na redução da vibração.

No caso dos eixos balanceadores, coloca-se dentro do motor um falso “virabrequim” (que na verdade é apenas um eixo virabrequim), rotativo, no sentido contrário ao virabrequim motriz. Desta forma o eixo balanceador vai criar forças centrípetas opostas às criadas pelo virabrequim. Com isso são balanceadas as vibrações primárias (de alta freqüência), que são as mais prejudiciais, mas não são eliminadas as vibrações secundárias (de baixa freqüência). Para se obter um equilíbrio maior seriam necessários dois eixos balanceadores ligados entre si, esta é uma solução utilizada no motor Honda de 450cc.

Outra solução para reduzir as vibrações, que já vem sendo adotada pelos motores mais modernos, é a utilização de bronzinas de perfil fino no lugar de rolamentos. Mas a solução melhor para o motociclista é tentar isolar a transmissão das vibrações do motor para o quadro, utilizando mancais elásticos. Estes mancais elásticos são peças de metal que se interpõem entre o bloco do motor e os pontos de fixação no quadro.

Em última análise, uma boa manutenção periódica do motor também contribui para reduzir as vibrações, principalmente nos motores dois tempos, mais sujeitos às folgas por desgaste. Quando o motor começa a apresentar perda de potência, de compressão ou for vítima de um travamento, o melhor remédio é fazer uma retífica, trocando anéis, pistão e juntas para deixar o motor “justo”. As folgas nas bielas são as maiores contribuidoras para aumentar a vibração de um motor.

Constantemente as fábricas investem em pesquisa e desenvolvimento em todas as variáveis que produzem vibração (combustão, balanceamento de componentes, mancais, etc), sem levar em conta o que é viável ou não industrialmente, depois é que se analisa a relação custo-beneficio para aplicar o desenvolvimento às motos de produção. Ou seja, os dias de motos vibrantes estão contados.

* técnica publicada em abril de 1990, quando eu ainda tinha paciência de escrever sobre isso tudo!

Fonte: Motonline.com.br - Texto: Geraldo Tite Simões / Fotos: Divulgação







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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

#Dicas:Veja 10 prós e contras da moto flex.

Tecnologia ainda não está na maioria dos modelos, mas só tende a crescer.
Flex são mais modernas, diz colunista; mas motor com etanol 'bebe' mais.

Com as pequenas motos de 150 cilindradas se modernizando através das recém-lançadas Honda CG e Yamaha Fazer, ambas com motor bicombustível, uma pergunta paira no ar: quais as reais vantagens da moto flex?
Já consagrada nos carros brasileiros, a tecnologia ainda não está na maioria dos modelos de motos, mas abrange esta enorme fatia das 150 cc e só tende a crescer. Veja abaixo 10 itens a considerar se estiver pensando em comprar uma.
Mande dúvidas sobre motos no espaço de comentários; as selecionadas serão respondidas em colunas futuras.
1) Etanol é sempre é mais barato?
O preço do etanol é influenciado pela entressafra da cana-de-açúcar e também pela localização geográfica de zona de plantio e das usinas. Na Região Sudeste, próxima dos maiores centros produtores, o preço costuma ser menor do que em localidades mais distantes.
No posto, o litro do etanol geralmente custará menos que o da gasolina. Porém, assim como para os carros flex, para saber qual combustível é mais vantajoso, é necessário fazer uma continha básica: multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,7. O resultado da conta será o valor máximo que deve ser pago pelo litro do etanol.

2) Motor 'bebe' mais com etanol


Por que multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,7? É que o álcool tem cerca de 70% do poder calorífico (de queima) da gasolina; ou seja, o poder do etanol é 30% menor que o de sua “rival”.
É por isso que qualquer motor abastecido com etanol consome mais para percorrer uma mesma distância do que se alimentado com gasolina. Rodando com um mesmo condutor, a mesma moto, em um percurso igual, proporciona menos quilometragem por litro com etanol.

3) Viagem? Gasolina pode economizar tempo



Não existe milagre: ao optar pelo etanol, seu tanque "secará" mais cedo do que se estivesse com gasolina. Sendo assim, além do preço, é necessário considerar também a situação de uso da moto.
Em caso de viagens mais longas, talvez seja preferível optar pela gasolina, para diminuir o número de paradas de reabastecimento -que são sempre mais demoradas para motos-, mesmo que o custo financeiro seja ligeiramente maior. Parando menos, em vez de economizar dinheiro, economiza-se tempo. Caberá a você escolher.

 4) Não vai deixar a moto esfriar? OK para etanol



Se o plano for de percorrer longos trajetos, mesmo com clima frio, sem muitas paradas, a temperatura do motor estabilizada e mantida por maior tempo oferecerá a economia que o etanol proporciona, se ele estiver com preço bom.
Se a moto for usada para trajetos curtos e entremeados por paradas de mais de 1 hora, a cada vez que for ligado, o motor vai demorar mais para chegar à temperatura de exercício correta. Com etanol, isso acarretará maior consumo.

5) Com etanol, potência é maior?


Está aí outra diferença entre carros e motos. Enquanto nos carros muitas marcas anunciam que os motores, quando abastecidos com etanol, oferecem maior potência, a análise das fichas técnicas divulgadas pelos fabricantes das motos flex indica que não há vantagem predominante de um ou outro combustível.

6) Na moto flex,
misturar é obrigatório



Nem Honda nem Yamaha recomendam usar apenas um único combustível no tanque. Pelo fato de não haver, como nos carros, tanquinho de sistema de partida a frio ou equivalente auxiliar de partida, nas motos a recomendação é que, em caso de optar pelo etanol, ele seja misturado a uma parcela de gasolina na proporção indicada no manual do proprietário.
Tal regra deve ser especialmente seguida em regiões de clima mais frio ou no inverno. Se houver apenas etanol no tanque, a partida será mais difícil e o tempo para alcançar a temperatura de exercício ideal do motor, maior. Aliás, se estiver frio, a moto simplesmente não vai deixar você partir, seja por conta de dispositivos eletrônicos, que impedirão rodar enquanto a temperatura do motor não estiver correta, ou pelos “engasgos” que o coitado do bloco geladão vai dar...
Respeitando o que diz o manual, é importante lembrar que usar preferencialmente um ou outro combustível não acarretará grandes diferenças em termos de durabilidade ou desempenho do motor da moto.
7) Toda moto flex é mais moderna


Não existe moto bicombustível que não seja dotada da mais atual injeção eletrônica. Ou seja, nada de carburador. Isso é bom ou ruim? Apesar dos mais conservadores não enxergarem grande mérito na injeção em motos ditas utilitárias, uma coisa é certa: trata-se de um sistema que consegue se adaptar de maneira mais uniforme a diferentes qualidades de combustível, algo infelizmente corriqueiro no Brasil.
Por isso mesmo é que, só com injeção, as motos flex podem existir. Um carburador funciona muito bem, é fácil em termos de manutenção, barato e etc, mas, ao envelhecer, perde sua eficácia e exige regulagens cada vez mais constantes. E nunca, nunca mesmo, será capaz de oferecer um funcionamento tão regular a um motor quanto os mais modernos sistemas de injeção eletrônica.
8) Risco da gasolina 'batizada'


Em tempos de combustível "batizado", tanto faz a gasolina ou o etanol? Nem é bem assim, pois, no caso da gasolina, o tal “batismo”, a adição de líquidos para adulteração do combustível e consequente lucro criminoso, se dá com solventes e porcarias químicas. No caso do etanol, o “batismo” é mais raro, mas existe, feito com a mais inofensiva água, que causa menores danos ao motor de uma moto do que as “melecas” adicionadas na gasolina.

9) Etanol enferruja o tanque?


O etanol é um líquido que ataca o metal agressivamente, mas a tecnologia usada nas motos e carros já avançou e, assim, não há o que temer. Sua moto flex não sofrerá maior oxidação do tanque ou escapamento e nem terá dutos do sistema de alimentação mais prejudicados pelo uso do álcool.

10)  Gasolina é vilã para o meio-ambiente?



O tema é controverso, mas, em princípio, a natureza "agradece" quando motores a combustão interna queimam etanol no lugar de gasolina. Evidentemente, motores bem regulados, usando gasolina, podem ser menos nocivos ao meio ambiente do que um motor mal ajustado abastecido com álcool.
A conclusão é que moto flex, disponível no Brasil e em outros poucos países do planeta, oferece uma inegável vantagem: a possibilidade de escolher o combustível. O importante é saber quando gasolina ou etanol será mais vantajoso, considerando as questões acima.
Como ocorre na indústria automobilística, onde praticamente 100% dos carros mais vendidos no Brasil são flex, a tendência nas motos também é essa: mais e mais modelos incorporarão tal tecnologia, por ora exclusiva dos motores 150 cc e 250 cc.

Fonte: G1 - Roberto Agresti.


Boas estradas!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

#Dicas: E a manutenção na sua moto, como está?

Esquecer de cuidar da moto significa se arriscar em duas rodas
Manutenção preventiva do veículo é fundamental para a segurança.
Confira dicas do colunista Roberto Agresti para checar itens mecânicos.

Prevenir é melhor do que remediar. Mais do que um provérbio, esta é uma atitude que deve nortear a vida do motociclista. Na pilotagem, prever o que pode ocorrer à frente é preceito básico, mas a manutenção preventiva é uma exigência para qualquer motociclista que deseje cuidar de seu veículo e também de sua integridade física.
O que pode fazer um cidadão que optou pelo guidão e que nem por isso deseja se tornar um expert em manutenção para evitar problemas? Capacidade de observação e, claro, muito bom senso, é a resposta. Abaixo você encontrará algumas orientações para a tarefa de deixar a sua moto em dia.
1) Pneus
Um bom começo para evitar problemas é aprender a observar os pneus. Veículos de duas rodas dependem de movimento para alcançar equilíbrio, além disso tem área de contato com o solo mínima – equivalente ao tamanho de um cartão de crédito. Isso dá aos pneus brutal importância.
A rotina de observação diária não alterará o desgaste da banda de rodagem, porém pode detectar anomalias como bolhas, deformações ou o mais comum, simples e muito perigoso pneu murcho.
Verificar semanalmente a pressão dos pneus assim como respeitar os valores recomendados pela fábrica é fundamental. E tão importante quanto a verificação frequente da pressão dos pneus é treinar o olho para identificar um pneu “murchinho” como aquela laranja que rolou para trás da geladeira há mais de um mês.
Pneus inflados incorretamente causam evidentes problemas de dirigibilidade: o guidão fica pesado, as respostas às mudanças de direção são estranhas, furos e rasgos ocorrem com mais facilidade e, em casos extremos, o pneu pode sair do aro com imprevisíveis consequências, todas ruins. Se cheio demais, o pneu não “copia” os defeitos da pista, transmitindo irregularidades do solo às mãos de maneira desconfortável e prejudicando a estabilidade do veículo.
2) Correntes e transmissão
O hábito de olhar frequentemente os pneus favorece um vizinho importante, o sistema de transmissão. A maioria das motos se vale de corrente para levar a força do motor para a roda traseira. Esse elemento mecânico de ligação precisa de carinho, quase como se fosse um bicho de estimação: lubrificação semanal, ou no mínimo quinzenal, ajuda a alongar a vida útil, não apenas da corrente, mas também de seus parceiros, o pinhão (a engrenagenzinha que você não vê, perto do motor) e a coroa (a engrenagenzona, que você vê, acoplada à roda).
Corrente seca, sem lubrificação, dura pouco, corrói o pinhão e coroa por atrito e, pior de tudo, está mais sujeita ao rompimento. E se isso acontecer, na melhor das hipóteses a moto simplesmente correrá solta como se estivesse em um eterno ponto morto, até parar. E na pior das hipóteses? A corrente quebrada pode enroscar na roda traseira e travá-la. Imagine isso em velocidade, no meio de uma manada de carros, ônibus e caminhões? Ruim demais... E há ainda uma terceira hipótese, péssima: a “chicotada” no motor que a vingativa corrente dá quando se rompe, quebrando o metal da área circunstante ao pinhão.
Tal estrago poderá inundar de óleo instantaneamente o pneu traseiro e, dependendo da extensão do dano, decretar um gasto grande, ou até mesmo a morte do motor. Perda total...
Também o clima e o tipo de uso dado à moto influenciam o ritmo de manutenção da transmissão. Em época chuvosa ela deve ocorrer com frequência quase diária, assim como quando se roda em estradas de terra, areia ou, pior ainda, na lama.
Há lubrificantes específicos para corrente, mas, para quem queira e/ou precise fazer economia, o bom e velho óleo de motor usado servirá, desde que aplicado com parcimônia - de modo a não causar um desastre ecológico em nosso meio ambiente.
3) Freios
Outro ponto nevrálgico em termos de manutenção é o sistema de frenagem. Hoje boa parte das motos é equipada com discos de freio ao menos na dianteira e, por conta do funcionamento de freios estar baseado em atrito, desgaste haverá não só nas pastilhas, mas também no disco. A análise visual também é adequada neste caso. Pastilhas de freio não são fáceis de avaliar quanto ao desgaste pois ficam escondidinhas. Mas no disco fica mais aparente. Riscos ou raias profundas são indicadores de vida útil terminal. 
Já as pastilhas em fim de carreira por vezes “entregam“ seu mau estado não apenas via perda de eficiência e a alavanca de freio com curso maior, mas também pelo ruído anormal quando acionamos o freio. Neste caso, mais do que o olhar, é a audição é que ajuda. Mas, atenção, pois quando a superfície de atrito acaba, é o metal da pastilha que entra em contato com metal do disco e... o barulho de ferro com ferro só não é pior que o dano no bolso, já que um disco riscado em excesso deve ser trocado, sem choro nem vela.
Com relação ao sistema de freio a tambor, além da atenção quanto à eficiência e baixa acentuada da alavanca ou pedal, há que se observar os pequenos indicadores de desgaste que, por meio de uma seta metálica que aponta para uma pequena escala, anunciam quanto de vida útil resta. E vale o mesmo discurso que para o disco: metal em atrito com metal é prejuízo certo. Ou seja, olho (e ouvido) vivo é preciso...
4) Ruídos e outros 'sinais'
Mas não é só de cuidados com pneus, transmissão e freios que é feita uma boa manutenção. A alma de uma motocicleta, ou seja, o motor, é algo que "fala" claramente se as coisas vão bem, mais ou menos, ou mal. A simples perda de potência ou ruídos, fora o natural rugido do escape, não são muito bem-vindos.
Ruídos mecânicos são naturais em qualquer motor, mas é importante prestar atenção a barulhos que aumentam e variam, intermitentes ou contínuos que sejam. O bom senso também é senhor desta situação e, em caso de um barulho que fica cada vez mais forte, desligar o motor e esperar que esfrie ao menos por 15 minutos pode ser revelador.
O desaparecimento (ou diminuição) do ruído na sequência não é uma notícia boa, mas apenas a comprovação de que algo não vai bem, e que certamente tem relação com a temperatura de funcionamento. Caso o barulhão ainda esteja lá, igualzinho, aí sim, é melhor não insistir. Desligar o motor e levar a moto ao mecânico é a atitude correta.
De certo modo esse procedimento de atenção à mudanças também vale para o comportamento de comandos como acelerador, embreagem e câmbio: endureceu, amoleceu, ficou diferente? Qualquer variação merece investigação. Às vezes pode ser uma bobagenzinha, lubrificação e/ou ajuste, mas às vezes é prenúncio de um problema maior.
5) Óleo
Por incrível que pareça um alto índice de problemas sérios nos motores ocorre pelo desleixo com uma das mais básicas operações: a troca de óleo. Muito esquecem deste “detalhe” não seguindo à risca a indicação do fabricante nem quanto à frequência nem no que diz respeito ao tipo de lubrificante. Pensando bem, óleo é barato se comparado ao potencial estrago que  pode causar óleo velho ou em quantidade insuficiente no cárter do motor. Além disso, a varetinha que indica o nível está lá para ser usada, certo?
6) Bateria
Outro líquido importante é a água destilada necessária ao bom funcionamento da bateria: controlar o nível é uma operação chatinha, mas fundamental para aumentar a vida útil do componente. Felizmente, boa parte das motos atuais tem baterias do tipo selado, que não exigem manutenção e, neste caso, basta cuidar para que não ocorra um “acidente”: o mais comum é deixar a chave de contato na posição “on” ao estacionar na garagem.
Outro pecado é abusar da buzina, ou acionar por longo tempo o botão de partida. Se ligar o motor é algo que, de um momento ao outro ficou difícil, é necessário buscar o problema antes de sobrecarregar a bateria e o sistema de partida.
E o famoso “ligar a moto no tranco”, pode ou não pode? A ação não é nada recomendável mas, em caso de emergência, é necessário ter em mente que, se a bateria efetivamente morreu (nenhuma luz acende no painel, nem fraquinha que seja) não será o tranco que vai ser capaz de “acordar” o motor. 
Outro problema de ligar o motor no tranco é o risco de encharcar o catalisador de combustível, peça cara que deverá ser trocada caso isso aconteça. Outra contra-indicação é a hipótese de ocorrer calço hidráulico, que pode acometer (raramente, é certo) motores dotados de carburador que “vaza” combustível para a câmara de combustão, enchendo-a de líquido. E se isso acontecer, na hora do “tranco” a biela costuma ir para o espaço. Grave...
7) Combustível
Por fim, uma última palavra merece o tema “combustível”: rodar com pouca gasolina ou, pior ainda, deixar o motor apagar por pane seca pode ser muito prejudicial ao motor. Por melhor que seja o combustível, sempre existirão resíduos no tanque, partículas de indesejável sujeira que normalmente ficam depositadas no fundo do reservatório.
O tanque “no osso” torna grande a probabilidade deste lixo ir parar dentro do delicado sistema alimentação, e se isso ocorrer, entupimento parcial gerando falhas no funcionamento é o menor dos problemas. Ruim mesmo será o motor apagar durante uma ultrapassagem. E ainda sobre combustível, outra dica: ao contrário de alguns vinhos, que melhoram com o tempo, a gasolina (assim como o etanol) estraga quando fica velha, criando borras e resíduos danosos ao motor.
Enfim, a escolha da motocicleta como meio de transporte ou lazer demanda atenção. Livrar-se de congestionamentos, ocupar menor espaço em um mundo cada vez mais carente de lugar, economizar tempo, dinheiro e paciência exige atitude. O cuidado em relação à manutenção, como dissemos, resultará não apenas em economia como também em segurança, nossa e dos demais usuários das vias públicas. E, fora tudo isso, não há senso em gostar de motos e não cuidar bem delas, certo?

Fonte: G1 -Roberto Agresti.


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terça-feira, 17 de setembro de 2013

#Dicas: 10 erros que acabam mais rápido com sua moto.

Matéria muito boa! Motivo pelo qual estamos compartilhando com você!

Mão na embreagem o tempo todo? Pensa que amortecedor é eterno?


Você vai gostar bem mais de sua moto caso ela não lhe dê problemas, certo? Então, preste atenção nestes 10 maus hábitos que acabam com ela. A lista vai desde a falta de manutenção de corrente, óleo e pneus em dia até maus tratos a motor -que é mais exigido na moto que no carro- e embreagem, além de erros na hora de lavar.


1) Ignorar o óleo, este carente...
Não basta apenas trocar o óleo no prazo recomendado pelo fabricante. Motores de motocicletas, em geral, são mais exigidos que os de automóvel. Especialmente nos motores refrigerados a ar, o óleo tem dupla função, lubrificar e refrigerar o motor, o que torna vital prestar atenção nele.
E mais: nas motos o óleo do motor cumpre papel duplo, pois, ao contrário dos motores automobilísticos, que têm óleo de motor e óleo de câmbio, nas motos o óleo é um só. Rodar com óleo vencido é um grande pecado, assim como é grave o descuido do nível recomendado. Habituar-se a verificar se a quantidade está correta pela varetinha (ou pelo mais prático visor, que há em alguns modelos) deve ser um ritual frequente.

E se o óleo baixou? Opa, opa... Motores consomem óleo, mas isso deve ser algo mínimo (às vezes a quantidade admissível está indicada no manual da moto). Mas se o consumo do óleo se tornar alto – 20% do volume total entre os intervalos de troca já é muito –, procure saber a causa.
Observar o chão do lugar onde a moto fica estacionada em busca de manchas é o procedimento mais óbvio. Se há pingos, descubra de onde eles vêm. Se o motor não tiver sinais de vazamento evidentes, mas apenas locais úmidos, "babados" (nos quais frequentemente a fuligem adere e forma sujeirinha), o mecânico deve avaliar. Pode ser o caso de substituir juntas cansadas ou ver se tal perda não ocorre por conta de uma bem mais grave trinca no metal.
Grave mesmo será se a ponteira de escape estiver úmida e, quando o motor for acelerado, dela sair fumaça. Este é o sinal que está na hora de uma retífica, ou ao menos uma troca dos anéis e verificação da vedação das guias de válvulas.

2) Mão 'colada' na embreagem
Quanto menos usada for a embreagem, mais ela vai durar. E, por "usada", entenda acionada. Parou no semáforo? Habitue-se a colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a mão apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber que o sinal vai abrir rapidamente.
Outra coisa que "mata" a embreagem é o (mau) hábito de usá-la para dar a famosa "queimada" para fazer a rotação do motor subir levemente, o que pode até ser necessário em algumas situações (sair em uma rampa muito íngreme ou passar por um obstáculo de maneira suave, evitando trancos na transmissão). Porém, o melhor mesmo é usar a embreagem o mínimo e aprender a dosar o acelerador de modo correto.

3) Pneus murchos
Tudo de ruim pode acontecer com pneus murchos: furam mais facilmente e, se um buraco for muito malvado, a carcaça pode ficar comprometida, se rompendo e obrigando você à crueldade que é ter que jogar fora um pneu com cara de novo, mas que não presta mais.

Outro dano que pneus com pressão abaixo da indicada acarretam diz respeito às rodas, que ficam mais vulneráveis a amassados ou, pior, quebras. Em pneus sem câmara a roda tem papel crítico, pois, se entortar e/ou amassar, facilitará a perda do ar. Assim, sempre que for sair com a moto dê uma passada de olhos nos pneus e respeite a calibragem recomendada pelo fabricante, verificando-a no mínimo uma vez por semana.

4) Amortecedor 'eterno'
Alguns motociclistas acham que o amortecedor é eterno e jamais cogitam a troca. Eles vão se acostumando à perda da eficiência deste importante componente.
Na verdade, não importa se você anda devagar ou rápido ou se as ruas que você frequenta são bem pavimentadas ou não. Mais cedo ou mais tarde, será necessário trocar o amortecedor. Ou trocá-los, no caso de motos com um par de amortecedores na traseira.
Como o próprio nome diz, a função deles é amortecer: quando ficam velhos e perdem tal capacidade, causam em casos extremos trincas e até rupturas no chassi da moto, algo que definitivamente não é desejável. Na suspensão dianteira há necessidade de substituição do óleo e das molas internas. Quando? O modo mais fácil de verificar se a frente de sua moto está "cansada" é em frenagens mais fortes, pois nesta situação não deve nunca ocorrer o perigoso "fim de curso", ou seja, a suspensão perder a função, pois chegou ao batente inferior.
5) Desligar o motor na descida
É o famoso barato que sai caro: na ânsia de economizar combustível, muitos simplesmente desligam o motor e percorrem longos trechos em descida. Por que não pode? Porque o motor para de funcionar, mas a transmissão, não. As engrenagens internas do câmbio continuam trabalhando, acionadas pela corrente, e a lubrificação interna nessa condição não conta com a necessária (em alguns modelos) pressão da bomba de óleo, pois... o motor está desligado.
Outra variedade desse pão-durismo de graves consequências é deixar a moto deslizar estrada abaixo com a embreagem acionada e o motor em marcha-lenta. Nesse caso a bomba de óleo está funcionando, mas com pressão mínima, o que dá quase na mesma do que se o motor estivesse apagado 100%. E, além disso, neste caso, a embreagem acionada por longo período prejudica, como visto lá no alto, partes do sistema, principalmente a bucha da campana (em motos que a possuem).

6) Corrente frouxa e ressecada
A vida útil de uma corrente e seus parceiros, a coroa e o pinhão (conjunto chamado de transmissão secundária), depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la.
Não são componentes eternos, mas. especialmente a corrente, podem "viver" muito mais caso recebam frequentemente um spray lubrificante adequado a este fim. É um tipo de óleo que tem como característica aderir à superfície e não ser arremessado rumo à sua calça nova ou, pior, à de sua passageira pela força centrífuga, quando a moto entra em movimento.
E o planeta diz obrigado também, já que o lubrificante específico para correntes de transmissão usado no lugar do mais popular óleo queimado de motor é ecologicamente mais correto. Outra ação que aumenta a vida útil da transmissão secundária é manter a corrente na tensão correta, nem muito esticada, nem muito frouxa.
7) Caixa de direção folgada
Sensibilidade é preciso, mas não muita, para notar que a caixa de direção afrouxou. O mais evidente sintoma são barulhos vindos da região abaixo do guidão, um "toc, toc, toc" que é mais fácil de perceber em ruas esburacadas. O que fazer? Aperto já. Sem o devido ajuste, o que seria apenas um pequeno probleminha solucionável por uma simples ação do seu mecânico e ferramenta apropriada se torna um custo mais alto, pois andar com a caixa folgada implicará na avaria dos rolamentos.
E, como saber se os rolamentos já estão ruins? Simples: levante a roda dianteira do chão (coloque a moto no cavalete central ou, caso não haja, peça a alguém para inclinar a moto no cavalete lateral o suficiente para você fazer o teste...) e sinta se não há "calos" ao virar o guidão de um lado para o outro. Fazer isso em chão bem liso não é ideal, mas também funciona. Atenção: tão ruim quanto andar com a caixa de direção solta é andar com ela muito apertada, o que se nota pela dificuldade em girar o guidão. Neste caso, não só o rolamento sofre como a dirigibilidade fica prejudicada.
8) Rotação baixa ou alta demais
Forçar o motor não é, como muitos pensam, apenas "esticar as marchas", usando-o em altas rotações por longos períodos. Tão prejudicial quanto é rodar em rotações muito baixas. Há motociclistas que têm preguiça de reduzir as marchas e deixam o motor cair de rotação exageradamente, um erro que se paga caro, pois isso reduz a durabilidade tanto quanto o oposto, ou seja, a rotação alta demais. O ideal é nunca abusar dos extremos.

9) Lavagem com jato de água
Lavar a moto? Sim, mas cuidado com as máquinas que lançam jato de água com pressão. Motores (mas também componentes de suspensão) têm retentores cá e lá, dispositivos nascidos para, como diz o próprio nome, reter seja o que for o caso, óleo ou outro tipo de líquido.
Acontece que eles foram bolados para resistir principalmente à  pressão de dentro para fora, e, quando recebem um jato de água na direção oposta, adeus. Outra vítima frequente desses jatos d'água sob pressão são os adesivos, especialmente aqueles das partes plásticas. O segredo, ao lavar a moto usando as "waps" da vida é não exagerar na proximidade do jato e evitar mirar em um só lugar por muito tempo.

10) Gasolina 'batizada'
Miséria custa caro. Escolher qualquer gasolina nestes tempos de "safadeza generalizada" é mais do que arriscado. Nas motos com carburador, o efeito de uma gasolina "batizada" se percebe na hora: a moto falha, perde desempenho e, em caso extremo, deixa de funcionar.
Já nos modelos com injeção eletrônica o problema pode ser mascarado pelo sistema – mas uma dificuldade maior ao ligar o motor e, claro, perda de desempenho aliada a consumo elevado, dá bandeira que o combustível é ruim. E assim como nos automóveis, muitas das motos atuais têm suas bombas instaladas dentro do tanque e dependem de razoável quantidade de gasolina para funcionarem bem, evitando um mortal (para a bomba...) superaquecimento.

Fonte: Roberto Agresti - Especial para o G1.




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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

#Dicas: Sistema de Arrefecimento.

O motor de uma motocicleta é um gerador de calor podendo, no caso de uma motocicleta de 125cc atingir temperaturas superiores a 100º C com extrema facilidade. A temperatura do motor não pode prejudicar o seu funcionamento e as propriedades do óleo lubrificante.

Para proteger o motor, os fabricantes adotam diferentes soluções de arrefecimento, basicamente as motos populares são resfriadas através do próprio ar penetrando nas aletas localizadas no cilindro, mas para este método ser eficiente a motocicleta deve estar em movimento, ha ainda métodos que independem do movimento da motocicleta tal como arrefecimento líquido e a óleo encontrado em motocicletas de maior custo.

Além do próprio sistema de arrefecimento o motor conta ainda com o óleo, mistura rica (mais gasolina do que ar) e o cruzamento das válvulas para lhe auxiliar no resfriamento.

Óleo: O óleo circula por todas as partes do motor o que possibilita transportar o calor de uma região de alta temperatura (cabeçote) para regiões de baixa temperatura (sistema de embreagem) num eterno ciclo que é interrompido somente quando desliga-se o motor. Por este motivo a viscosidade do óleo a ser utilizado deve ser aquela recomendada pelo fabricante (observar manual do proprietário), lembrando que o óleo é multi-viscoso ou seja, suas propriedades funcionam em baixa e alta temperatura . O nível do óleo também deve ser observado em cada partida caso contrário o motor poderá travar por falta de lubrificação

Mistura rica: A mistura rica também contribui com o arrefecimento do motor devido à temperatura do vapor de gasolina ser muito mais baixa do que o ar. Lembrando que “mistura rica” é um termo que se utiliza quando se envia mais combustível do que a proporção ideal A/F (air/fuel – ar/combustível). Tanto o excesso de combustível como o excesso de ar são prejudiciais ao motor sendo que este ajuste deve ser feito pelo fabricante.

Cruzamento das válvulas: No momento que ocorre o cruzamento de válvulas, ou seja, ambas as válvulas (admissão e escape) estão propositalmente abertas simultaneamente, o vapor de combustível que está entrando no motor resfria uma parte dos gases que estão saindo.

Sistema de arrefecimento - líquido
O sistema mais eficiente de arrefecimento é o líquido, comumente encontrado em motos de alta performance. O calor é dissipado através de dutos contidos no motor (cilindro e cabeçote) por onde circula a água refrigerante. Este sistema possibilita o desenvolvimento de motores mais potentes pois certamente manterá adequada a sua temperatura ao contrário o sistema de refrigeração a ar que esta limitado as condições atmosféricas. Lembre-se que quando mais potente é um motor mais calor ele deve gerar. Outra vantagem deste sistema é que ele acaba diminuindo o ruído do motor, tornando-o mais silencioso. Em contra-partida aumenta a massa (“peso”) da motocicleta e requer componentes mais complexos e manutenção especializada.

Sistema de arrefecimento – ar
O sistema de arrefecimento a ar é muito útil em diversos tipos de motores e possui baixo custo de fabricação quando comparado com o sistema de arrefecimento líquido porém, é necessário movimento para se resfriar. O calor é dissipado através de aletas que tem a função de dissipar rapidamente o calor gerado pelo motor. Essas aletas certamente ficam localizadas no cilindro também podendo estar em outros lugares. O material que é confeccionado o motor também é muito importante para a condutividade do calor, por este motivo é utilizado uma liga de alumínio na maioria dos cilindros e cabeçotes.

Na próxima parte vamos detalhar o sistema de arrefecimento líquido.

Glossário:

Arrefecimento: é o controle do resfriamento
Cilindro: O cilindro do motor é a parte onde o pistão se desloca para cima e para baixo.

O objetivo de um sistema de arrefecimento líquido é manter a temperatura ideal do motor, ou seja, nem resfriar demais e nem aquecer excessivamente. Na realidade este é o objetivo de todos os sistemas porém não é possível tal controle num sistema resfriado a ar.

Bomba de água

Um bomba d’água é a responsável por fazer circular o líquido de arrefecimento. No momento em que o líquido circula dentro do motor ele absorve o calor que será transportado até o radiador mas, antes que o líquido chegue ao radiador, ele passa por um termostato e então, chega ao radiador. A elevada temperatura do líquido permite que a possibilidade de também circular pelos coletores de ar/combustível para elevar a temperatura da mistura e ocorrer um melhor aproveitamento do vapor do combustível. 

Radiador

O radiador é estrategicamente posicionado na frente dos veículos devido o aproveitamento do ar para resfriar o líquido através de suas aletas de refrigeração. Quanto maior a superfície das aletas de refrigeração, maior será a capacidade de arrefecimento do radiador.
  
Ventilador de refrigeração (Ventoinha)

No caso da motocicleta parada porém com o motor em funcionamento, haverá uma natural elevação de temperatura e não haverá “ar” para resfriar. Neste momento a válvula termostática  será acionada  quando o líquido atingir um alta temperatura e a ventoinha do radiador é ativada e servirá de “exaustor” retirando o calor do líquido que passa no radiador. 

Válvula termostática

Para o correto funcionamento do ventilador de refrigeração (ventoinha) dependerá da temperatura do líquido de arrefecimento. É através de uma válvula termostática que é detectada a temperatura do líquido e ligada e desligada a ventoinha.

Tampa do radiador

Quando a temperatura do líquido aumenta, sua pressão também aumenta. É função da tampa do radiador regular está pressão (mesma função da válvula de alívio da panela de pressão). Assim quando a pressão ultrapassa um determinado limite a válvula de pressão abre e permite a liberação do vapor do líquido arrefecimento para um tanque de expansão. Quando a temperatura retorna ao normal é devolvido ao sistema o líquido de arrefeciemnto (não é mais vapor).

Tanque de expansão

O tanque de expansão armazena provisoriamente o líquido de arrefecimento e auxilia a controlar o nível do líquido de arrefecimento no sistema de refrigeração.

Líquido de arrefecimento

Geralmente os fabricantes recomendam que o líquido de arrefecimento seja feito com água destilada e etileno glicol na mesma proporção. A função do etileno glicol é a de elevar o ponto de ebulição e diminuir o ponto de congelamento do líquido e também possui propriedades anti-corrosivas. Geralmente se compra o líquido pronto não necessitando realizar a misturar.

Fonte: Sobremotos - Texto de Biaggio Ferrari.


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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

#Atenção: 5 maiores erros ao pilotar.

1 - Falha em reconhecer o perigo antecipadamente:
Pilotos inexperientes ou mal treinados normalmente não desenvolvem a capacidade de antecipar situações de perigo, que é fundamental na pilotagem segura. Quanto mais tempo você tiver para reagir, maiores chances terá para evitar um acidente. Ou, alguns, simplesmente não reconhecem um perigo e conseqüentemente não fazem nenhuma correção para evitá-lo.
A triste realidade do motociclismo é que você é menos visível do que os veículos maiores. Sua habilidade em evitar perigos depende de sua capacidade em reconhecer situações no tráfego em que você pode estar invisível aos outros usuários da estrada e que exigem ajustes de sua parte, relacionados à velocidade e posicionamento na pista.

2 – Frenagem excessiva da roda traseira:
Você conduziria seu carro com somente 30 a 40 por cento dos freios disponível?
As investigações demonstram que pilotos inexperiente fream excessivamente a roda traseira, às vezes excluindo totalmente os freios dianteiros. Obviamente isto aumentará a distâncias de parada e a possibilidades de uma colisão. Muitos pilotos, interrogados logo após um acidente, não recordam nem mesmo se aplicaram os freios dianteiros. Por outro lado, usar exclusivamente os freios dianteiros, numa motocicleta de grande porte, provoca a mesma situação. A regra de ouro ainda é aplicar mais intensamente os freios dianteiros, mas agregar a frenagem dos freios traseiros, também.

3 – Negociação nas Curvas:
Os seguintes erros são os mais frequentes:
Entrar na curva com velocidade excessiva – incapaz de reconhecer a severidade da curva, o piloto normalmente decide aplicar os freios ao inclinar-se para reduzir a velocidade, levando à inevitável perda de aderência e de tração.
Não olhar através da curva, geralmente fixando-se em um obstáculo. A regra de segurança determina que você deve fixar sua visão aonde você quer estar e não no ponto à sua frente.
Falha na inclinação correta, de acordo com a velocidade. Muitos pilotos falham em usar a inclinação necessária para passar pela curva, inclinando-se demasiadamente (e perdendo tração) ou inclinando-se menos e saindo da faixa da curva.
Aplicar os freios enquanto se inclina. Na maioria das vezes, a quantidade de frenagem aplicada excede a capacidade de tração dos pneus, na inclinação em que se encontra a motocicleta.
Escolha da trajetória – o piloto escolhe uma trajetória que o leva a cruzar a faixa de separação das pistas ou o coloca muito próximo desta faixa, ficando no caminho dos veículos em direção oposta e que podem estar muito próximos da mesma faixa.

4 – Direção:
As investigações demonstram, frequentemente, situações em que parece que o piloto virou em direção ao outro veículo, ao invés de distanciar-se dele. Ou não fizeram um movimento evasivo que poderia ter evitado a colisão. Ou, ainda, seguiram em direção a um obstáculo que poderia ter sido evitado.
Este erro é atribuído à falta de conhecimento da contra-exterção. As motocicletas necessitam de comandos distintos em baixa e alta velocidade. Em baixa velocidade, ou quando estamos manobrando, normalmente giramos o guidão na direção aonde queremos chegar. Em alta velocidade, o movimento é ao contrário: se queremos ir para a direita, o guidão tem que ser movido para a esquerda.

5 – Falta de treinamento:
A falta de treinamento é um erro gravíssimo. Muitos acidentes poderiam ser evitados se os pilotos tivessem treinamento adequado, antes de entrar numa rodovia. Pilotar na cidade, em baixa velocidade, é totalmente diferente de faze-lo numa rodovia, em velocidades superiores a 100 km/h.
Muitos acidentes ocorrem com motociclistas inexperientes e mal treinados. Este é um erro terrível porque acidentes com motocicleta podem ser muito sérios.
   A inexperiência conduz sempre a uma pilotagem além de sua capacidade ou habilidade.
   Pilote sempre com a segurança em primeiro lugar.

Texto: Escrito por: Comandante Maccori - treinador e orientador do motociclismo.




Boas estradas! Pilote com atenção e compartilhe essa informação!
Forte abraço.

#Dicas: BALACLAVA, POR QUE USAR?

A balaclava é um equipamento que tem como principal finalidade (pelo menos a mais conhecida) a proteção térmica da cabeça do piloto. Mas ela não se restringe apenas a esse fim.

Ela protege também o pescoço do piloto contra os resíduos que estão suspensos na estrada, como poeira, insetos e poluição. Evita que o cabelo longo danifique ou fique cheio de nós ao entrar em contato com o vento.

Outra função da balaclava: já lavou o seu capacete e percebeu que havia insetos dentro da ventilação dele? Pois é, a balaclava entra como proteção nesse caso também. Ela impede que esse inseto ou algum resíduo entre em seu cabelo sem que você perceba.

Já percebeu também que em uma viagem de maior distância, em certa altura, sua cabeça começa a coçar mais que o normal? Muita gente chama de “piolho de capacete”, mas é apenas uma brincadeira. Trata-se do suor, que impregna no cabelo e por consequência no capacete, e o transforma em uma estufa. Uma balaclava que transfere esse suor para fora é essencial para uma pilotagem confortável, além de uma ação bacteriostática, que inibe a formação de odores, algo que também merece muita atenção dos motociclistas.

E proteção solar? Sabe aquele espaço que sobra sem proteção, entre a jaqueta e o capacete, na nuca do piloto? Esse é o maior ponto de queimaduras de sol durante uma viagem.

Só vantagens usar balaclava afinal, você pode se proteger no frio e no calor, além de proteger seu equipamento, aumentando e muito sua vida útil!

Nós usamos sempre!
Forte abraço e boas estradas!

Em Villa La  Angostura, Chile (Jan/2012).

Fonte: Texto adaptado de rockriders.