sexta-feira, 29 de agosto de 2014

#Dicas: Que gasolina coloco na moto?

Volta e meia escutamos esta dúvida, pois atualmente as opções são tantas que realmente confundem o consumidor. "Uso sempre a premium!", diz um. "Eu só uso a comum!", diz outro. E assim vai por todas as marcas e tipos de gasolina disponíveis.

Conversando com os amigos, às vezes surgem até receitas milagrosas: "mistura 50% dessa com 45% da outra, mais 5% de aditivo tal! A moto vai ficar um foguete!". Então, fiz um levantamento das informações sobre as gasolinas da Petrobrás, Ipiranga e Shell, o qual repasso aqui para os amigos.

Tipos de gasolina:
Temos a comum, a aditivada e a premium. A gasolina comum é praticamente igual para todas, pois vem da mesma fonte: Petrobrás. A diferença começa na gasolina aditivada, onde cada distribuidora usa uma receita "secreta" de aditivos. E finalmente a tipo premium é uma gasolina mais forte, de maior potência (veremos isso ali na octanagem). É bom lembrar também que TODAS tem adição de álcool conforme obrigatório por lei aqui no Brasil.

Aditivos:
Basicamente identifiquei dois tipos de aditivo: os xampus limpantes, que limpam os resíduos da explosão, descarbonizando velas e válvulas. Deixam as "artérias do coração" da moto limpas!. E há os redutores de atrito, que são os aditivos que dão um jeito para que o cilindro/pistão escorreguem melhor. E redução de atrito significa melhor rendimento do motor, menor consumo! Agora, tem que prestar atenção pois nem toda aditivada tem os dois aditivos. Comparando as marcas, a maioria das aditivadas oferece apenas o xampu limpante.

Octanagem:
Uma palavra bem complicadinha de explicar. Octana é uma medida da resistência à detonação. Ou seja, quanto a gasolina agüenta de pressão antes de explodir. As nossas gasolinas já foram mais fracas, mas atualmente as informações dizem que não devem nada ao resto do mundo. No Brasil estão disponíveis gasolinas com 87 octanas (comum e aditivada), e as premium de 92 e 95 octanas. Um dos fabricantes informa que esta de 95 "é a mais forte do mundo!".

Quadro comparativo das gasolinas pesquisadas:


Comparando as informações técnicas, vemos claramente uma vantagem da aditivada da Shell sobre as outras marcas, pois elas possuem os dois aditivos. Isso bate com os relatos de melhoria do consumo obtidas com o uso dessas gasolinas. Em todos os distribuidores, as tipo premium foram recomendadas somente para "veículos importados de alta performance". Essa gasolina mostra toda sua força em motores com taxa de compressão acima de 10 pra 1. Assim, utilizá-la em motos "normais" parece ter mais efeito psicológico do que prático. E ainda machuca o bolso, pois é mais cara. Na dúvida, leia o manual da sua moto e procure saber qual a taxa de compressão do motor.

Conclusão:
Se o motor da sua moto não é de alta compressão, como explicado acima, gasolina premium é só pra gastar dinheiro, pois é mais cara, não te traz potência e faz o mesmo trabalho da aditivada. A gasolina aditivada é a melhor escolha, já que muitas vezes tem o mesmo preço da comum e ainda limpa o motor. Comum só em emergências na estrada, e mesmo assim cuidado com a "cara" do posto, pois infelizmente a gasolina adulterada é uma realidade. Controle sempre o consumo a cada abastecimento, pegue o cupom ou nota fiscal e em caso de desvio muito grande em relação ao que está acostumado a ver na sua moto, denuncie para a ANP com vontade!

Última dica: se você está usando a comum há muito tempo, não troque para aditivada rapidamente, sob pena de soltar um monte de sujeira e entupir carburador ou outra parte do circuito de alimentação. Quando for abastecer, coloque 80% de comum e 20% de aditivada, e vá usando. No próximo abastecimento, aumente a dose de aditivada, e vá controlando.

Fonte de pesquisa: sites da Petrobrás, Ipiranga e Shell

Escrito por: Flávio Bressan da Luz - El Bando Moto Grupo DF/RJ - em 10 de Setembro de 2012.
Publicado em: http://www.viagemdemoto.com/dicas


Arquivo pessoa Confraria dos Lobos - Rio do Rastro 2014.

Desejamos a todos boas estradas! Forte abraço!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

# Viagem:Termas de Arapey e Dayman, Uruguai.

Neste ano (2014), contamos apenas com 14 dias de férias.
   O quê fazer e aonde ir em 14 dias?
   Não dava pra ir muito longe, mas, isso não é motivo pra não viajar. Precisávamos descansar. Queríamos um lugar com boas estradas, perto, tranquilo e bonito para passarmos o Natal e Reveillón. Havia uma região no norte do Uruguai que ainda não conhecíamos. 
   Pesquisando sobre a região descobri a Serra de Penna com fazendas de criadores de cavalos e uma das poucas regiões de altitude daquele país. Além disso, há dois rios – principais – que cortam, enfeitam e dão nome as cidades de Arapey e Dayman que merecem ser fotografados.
  E para decidir nosso rumo, as Thermas del Uruguay. Estas Termas surgem dos poços do Aquífero Guaraní, que também prove de águas termais as regiões próximas do Brasil e da Argentina. As águas de Arapey reúnem condições ideais para aplicação medicinal e tratamentos terapêuticos, com propriedades sedativa estomacal, diurética e cicatrizante. Um estudo realizado, sobre estas propriedades revela que, do ponto de vista físico químico, contém iodo, ferro, cálcio, magnésio e flúor. Não tem arsênico e é pobre em sulfatos e nitratos, ainda, de radioatividade evidente e permanente. Isso tudo a uma temperatura média anual de 39°C.
   Achamos o que procurávamos! Tranquilidade, Sombra e ´ÁGUA FRESCA´  -  mas quentinha!
   Partimos de Florianópolis direto a Porto Alegre pela BR101, e, de Porto Alegre a Rosário do Sul pela BR290. 
  Um dia de calor intenso (acima dos 38°C) nos desgastou muito, por isso decidimos pernoitar em Rosário do Sul/RS
   Chegamos ao fim da tarde, com tempo para um banho de piscina, jantar cedo e organizar o dia seguinte.    Para quem nunca viu. Quarto de hóspede motociclista é diferente. Mas, NORMAL...



    Logo pela manhã rumamos para Santana do Livramento, no extremo sul do Estado do Rio Grande do Sul utilizando a BR158. Esta região de fronteira é caracterizada por uma forte interação entre os povos que ali vivem. Não vimos em nenhuma outra uma integração tão grande, a título de ser conhecida como ´Fronteira da Paz´.
 Com aproximadamente 190.000 habitantes, vivendo de forma harmoniosa e fraterna a população das duas cidades, falam uma mistura de idiomas conhecido por portunhol riverense. Ou seja, nem o português, nem tanto o espanhol. O importante é que se entendem e se respeitam, e, por sinal, muito bem. Desta forma, ambos se desenvolveram. 
Tenho vontade de convidar o ´pessoal´ do Oriente Médio para fazer um ´estágio´ naquela região. 



    Vai aqui um ´selfie internacional´, onde eu estou no Uruguai e a Edna no Brasil. Quando digo que as fronteiras só existem na `cabeça dos homens´.   Aí está a prova. 
  
   Segundo relato do livro: A História da Praça Internacional, de Nelson Ferreira Moreira, para demarcar a linha da fronteira entre os dois países Brasil e Uruguai, onde não existem cursos de água ou outros acidentes geográficos capazes de servir de referências, as Comissões Demarcadoras optaram por recorrer ao chamado “Divisor de Águas”. Daí a razão da forma irregular que caracteriza a linha limítrofe desta fronteira. 

   O chamado “Divisor de Águas” é a maneira mais justa para estabelecer os limites, pois não prejudica nenhuma das partes interessadas. Uma explicação menos técnica é a de que essa técnica é estabelecida pela própria natureza. Funcionava assim: Quando a água da chuva, ao cair, corre uma parte para cada lado, determina a linha por onde deve passar a fronteira.

Nesta caso porém, ao atingir os subúrbios de Santana do Livramento e Rivera, a Comissão Demarcadora integrada por elementos de ambos países, verificou que não mais poderia manter a sinalização da fronteira pelo divisor de águas, pois, a partir do chamado “Cerro do Caqueiro”, a linha demarcadora invadiria casas, cortaria terrenos e causaria outros problemas de natureza grave para as duas comunidades, uma vez que as construções brasileiras e uruguaias se haviam aproximado demasiadamente. Dessa maneira, um trecho de aproximadamente quatro quilômetros ficou sem definição fronteiriça.

   Este problema só foi resolvido em 1923, ocasião em que foi sugerida a construção de um “Parque Internacional” na área existente entre as cidades, considerada “terra de ninguém”. O Parque Internacional, que pertence aos dois países, constitui-se em um caso único no mundo. 
   
   A inauguração dessa praça, que nasceu para unir a terra e para irmanar brasileiros e uruguaios,   aconteceu no dia 26 de fevereiro de 1943.  Na verdade, esta região é livre, você tem o direito de ´ir e vir´, entrar e sair do Uruguai/Brasil quando quiser. Sem imigração, aduana ou qualquer outra burocracia.

   Belo exemplo para todos os povos deste planeta! 
   A infraestrutura é ótima, bons hotéis, restaurantes, cafés e free-shops. Fomos ás compras, conhecemos a região e encontramos JESUS. 
Isso mesmo! 
  Um grande amigo que não víamos havia muitos anos, gaúcho ´vivente da fronteira´, hospitaleiro que só... ´Seu JESUS´ fez questão de nos recepcionar no hotel, levar até sua casa para revermos sua família, colocarmos a conversa em dia, e ainda, nos ciceroneou pela cidade mostrando praças, prédios históricos e os principais pontos turísticos. Afinal, verdadeiros amigos sempre voltarão a se encontrar, e as viagens nos proporcionam estes reencontros.
  Seguimos viagem. Agora sim, fizemos aduana e imigração para oficializar nossa entrada, pois cortaríamos todo o território uruguaio.



   Nesta viagem testamos os protetores de coluna da HSS Racing. Originalmente usados para trail, mas muito úteis para longas distâncias, pois mantém a coluna ereta (encaixada) impedindo que se curve, diminuindo a fadiga e as dores. Aprovamos sem restrições.   
   Pela Ruta5 fomos até Tranqueras, daí pela Ruta30 – pois queríamos conhecer a região da Serra de Penna - até um trevo onde pegamos uma rodovia local que nos levou até a Ruta4 em  Biassini. Desta localidade, pela Ruta31 chegamos à cidade de Salto.



    Situada no norte do país, Salto é o segundo maior departamento do Uruguai. Aqui ficamos sabendo de uma promoção que havia nos postos de gasolina. Se o cliente pagasse com cartão receberia de volta a quantia referente a um determinado imposto cobrado sobre o produto, tipo o nosso ICMS. Confesso que não acreditei nesta conversa, mas, comecei a pagar com o cartão.
   Acreditem! Era verdade! Recebi, em torno de 18% dos valores, em crédito na fatura posterior à viagem. Desta forma incentivam, não só o uso do cartão de crédito mas, o turismo.  
   De Salto a Arapey a distancia é de 72 quilômetros. E até Dayman, 10 quilômetros. Fomos para a cidade mais perto.

   Dayman estava vazia, pois era véspera de Natal. Podemos escolher o hotel havia vagas em todos, ficamos no La Posta del Dayman, um antigo mosteiro. Ao fechar as diárias, mais uma promoção. Ao adquirir três diárias ganharíamos mais uma. Pronto, quatro dias de águas termais.   

   Tudo muito bom, tudo resolvido, roupas no quarto, banho tomado e ´bateu´ a fome. Saímos para almoçar, e....   e....   Tudo fechado. Inclusive o restaurante do hotel. 

   Noite de Natal lembra?  

   Depois de muito procurar, achamos uma pequena mercearia. Havia queijos, salames, copas, pães e vinhos. _ `Taí nossa Ceia de Natal: Tábua de Frios e Pães regada a bons vinhos uruguaios´. Com início as 16hs e término....      nem sei que horas eram!

  Dia 25/12 feriado. Nem preciso repetir. 

   Para o almoço conseguimos uma pizza. Como nos disse a atendente: _ `Não é como a de vocês brasileiros. Nossa pizza é uma massa alta, coberta apenas com molho salsa (um molho vermelho, agridoce, parece molho de tomate com várias ervas´.  Sendo o que havia, cobrimos a massa e o molho salsa, com o que sobrou da ceia (queijos e frios) usamos o forno do restaurante do hotel e, ´Voilá !`. Uma verdadeira refeição italiana no dia de Natal.

  Chega de descanso! Resolvemos sair para fotografar, de bicicleta, e fizemos umas trilhas nas margens do Rio Dayman e nos arredores da cidade. 




   Para aqueles que gostam e/ou se interessarem por fotos poderão vê-las em nosso facebook.
https://www.facebook.com/confrariados.lobos.

   Acreditamos no poder terapêutico das águas termais, com temperaturas que alcançam os 44ºC, que curam, renovam as energias e transmitem saúde. Sabemos também que somadas às belas imagens das trilhas, ao silêncio e ao contato com a natureza tranquilizam e harmonizam nossa mente ´desinfetando´ o stress. 
   
   Também fizemos passeios pelas cidades próximas: Uma dica é a represa binacional de Salto Grande, onde há a Ponte Internacional que une o Uruguai a Argentina.


   Outra é Bella Union, a Tríplice Fronteira (Brasil, Uruguai e Argentina), vale a pena conferir os preços nos vários free-shops existentes e uma caminhada pela Costanera.



   Dia 29/12, hora de ´levantar acampamento´. Ainda no Departamento de Salto, se situam as termas mais tradicionais e as primeiras a serem exploradas do país. Desde a década de quarenta, Arapey é sinônimo de alta qualidade em serviços turísticos, o que se reflete em seus luxuosos resorts termais. Além de hotéis de alta categoria o complexo conta com várias hospedagens e diversos preços, incluindo camping e cabanas.




   A área é semelhante a um condomínio com infra-estrutura própria, comércio para turistas, restaurantes e claro, piscinas de água quente, um spa e vários parques aquáticos.
 Chegamos dia 29/12 e, já durante o jantar no hotel, fomos convidados para a festa de Reveillón num dos restaurantes da cidade. A organização quanto à limpeza, segurança, comércio e gastronomia é impecável. 

  Aqui descobrimos umas trilhas, numa área de mata preservada, que nos leva ao Rio Arapey, uma estrada de ferro abandonada e a visão de várias espécies de aves e flores. Um show de imagens.




   Desta forma passamos nossos dias, enquanto aguardávamos o Ano Novo. E, ele veio com uma típica ´parrilhada´, novas amizades e uma grande festa ao ar livre com direito a música ao vivo, fogos de artifício e champagne. E, mais uma promoção. A cerveja Zillertal (não conhecíamos, experimentamos e gostamos) oferecia uma cerveja gratuita a cada duas consumidas. 




   O Ano Novo chegou com um espetacular nascer do sol, uma estrada nos esperando, energias renovadas e muita vontade de continuar fazendo exatamente isso. 
  Viajar de moto e contar histórias.
   Saimos de Arapey dia 01/01, pernoitamos em Punta del Diablo/UR e voltamos ao Brasil pela fronteira do Chuí/BR.




Se você gosta de viajar, fique a vontade, sinta-se na estrada...
    Lobo/Edna



Distância:
Florianópolis/BR a Salto/UR  –  1.238 KM.
Tempo de Percurso: 
17 horas – aproximadamente.
Fonte: Google Maps  -   https://www.google.com.br/maps

Pesquisamos em: 
http://www.viveruruguay.com/2012/08/destino-salto.html
http://termasdearapey.com.br/propriedades_agua_termal/71/.html

quarta-feira, 30 de julho de 2014

#Dicas: Usa a moto só no fim de semana? Veja como fazer a manutenção.

Se você usa a motocicleta só nos finais de semana ou tem de abdicar do guidão por um mês ou mais tempo, precisa ter alguns cuidados especiais com ela. Pequenos períodos de inatividade, 2 ou 3 dias, não são suficientes para causar nenhum problema, mas uma pausa de 5 a sete 7 já favorece alterações. A moto pode sofrer com a ação do tempo e da umidade, além de ter os pneus e outros componentes danificados. Veja abaixo como evitar problemas.
Onde guardar a moto
O local onde a motocicleta fica guardada é muito importante, mas nem todo mundo dispõe do ideal, ou seja, uma garagem fechada e livre de umidade, a grande inimiga de objetos metálicos e mecânicos.
Se você é um “sem garagem” e nem mesmo dispõe de um telhadinho para preservar sua moto das intempéries (sol e chuva), uma boa solução é ter uma capa. Há opções desenhadas para se adaptar de maneira perfeita às formas de cada modelo, com logotipo e outros luxos. Na verdade, qualquer capa ou até mesmo uma simples lona que, cubra as partes mais sensíveis à ação do tempo, como painel de instrumentos e banco, já resolve.
As capas preservam a moto da ação maléfica do tempo, mas tem um inconveniente, que é reter umidade. Uma grande “fria” é chegar com a moto molhada pela chuva ou por uma lavagem e colocar a capa, fazendo com que toda aquela umidade fique retida. Sendo assim, melhor deixar a moto secar antes de cobri-la.
Cuidados com a bateria
Usar a moto diariamente, em trajetos de ao menos 5 km, é a melhor maneira de preservar a bateria, componente que tem vida útil que dificilmente supera 2 ou 3 anos.
Quando perto do fim da existência, poucos dias de inatividade de sua moto já são suficientes para que a bateria não consiga mais girar o motor de arranque.
Nesse caso, nada a fazer senão buscar uma oficina e ouvir o diagnóstico do especialista, que pode indicar que há chance de estender a vida útil do componente, por meio de uma carga lenta, ou recomendar a troca.
Ligar um pouquinho todo dia não resolve
Um erro comum de quem não roda diariamente é imaginar que a bateria pode ser recarregada ligando o motor por alguns minutos com certa frequência. Tanto em marcha lenta como acelerando, a energia gasta com a partida elétrica sempre tenderá a ser maior do que a energia que parcos minutos de funcionamento irão conseguir devolver à bateria.
Diante da necessidade de deixar a moto parada por uma semana ou mais, o único meio 100% certo de evitar problemas é ter um carregador de baixa potência constantemente ligado à bateria.
Não é difícil encontrar um aparelho do tipo em lojas de peças para motos. Para usá-lo, é necessário ter uma tomada por perto. A moto deve ainda ficar estacionada em lugar coberto e os polos da bateria, onde irão ser conectadas as garras tipo jacaré do carregador, devem ser de acesso fácil. Em alguns modelos de motos grandes ou em scooters, ela pode estar coberta por partes plásticas de remoção nem sempre simples, ou situada em locais onde alcançar os polos é complicado. Importante: não há risco de sobrecarga, porque esses dispositivos só fornecem carga quando ela é necessária
Pneus calibrados
Todo manual manda verificar a pressão dos pneus com frequência. O ideal é a cada semana, ou pelo menos a cada duas. Se você vai usar a moto apenas no passeio do domingão de manhã, estabeleça uma rotina: ao sair, pare no local mais próximo onde puder para verificar a pressão.
Para aqueles que vão deixar a moto parada muito tempo, mais de 15 ou 20 dias, uma boa saída é, antes disso, encher os pneus com uma pressão bem acima da indicada pelo fabricante. A ideia não é compensar a natural perda de ar, mas sim evitar a deformação por conta do peso da moto. Dos mais comuns ao mais sofisticados, os pneus podem ter a carcaça deformada caso fiquem muito tempo na mesma posição, com o peso da moto em uma única área. Um pneu inflado acima da especificação recomendada – pelo menos 10 lb/pol3 a mais – tenderá a resistir melhor à deformação do que outro com pressão baixa.
Outra opção para evitar o problema é optar por estacionar a moto usando o cavalete central, quando disponível. O ideal é que a roda dianteira fique no ar, porque é mais prejudicial um pneu dianteiro deformado do que um traseiro. Como conseguir fazer a roda traseira se apoiar no chão levemente, deixando a dianteira no ar? Há várias maneiras: um cabo de vassoura cortado na medida exata do chão até a ponta da bengala de suspensão dianteira resolve, assim como um peso no bagageiro ou rabeta, que faça a frente mal apoiar no solo.
Troca de óleo e combustível
Combustível e lubrificante têm prazo de validade. No caso do óleo do motor, é recomendável substitui-lo a cada 6 meses, caso o limite de quilometragem não tenha sido atingido.
Já em relação à gasolina, não há um período definido, mas se sabe que gasolina “velha”, com mais de um mês, tende a formar depósitos e perder as suas características.
A gasolina premium tem menor teor de enxofre e, por isso, é mais estável e tem maior resistência à oxidação. Por consequência, perde menos características devido ao envelhecimento. Além disso, esse tipo de combustível tem aditivos que ajudam a limpar e manter limpo o motor.
O motor da sua moto pode até não exigir de gasolina de octanagem (índice de resistência à detonação de combustíveis) maior como alguns modelos, geralmente os de alta performance, mas em caso de longos períodos sem uso é preferível ter no tanque gasolinas de melhor qualidade.
Outra medida defendida por muitos é sempre deixar os tanques de motos que ficam paradas por longos períodos cheios até a boca, para fazer com que a área interna da chapa metálica fique sempre em contato com o combustível e não com o ar, o que favoreceria a oxidação. Tal recomendação tem maior valor no caso de motocicletas mais antigas, nas quais os processos de tratamento da superfície metálica – e até mesmo a própria composição da chapa de aço – não se beneficiava de processos mais modernos inibidores de oxidação.

Fonte: Roberto Agresti para G1



Bons ventos e boas estradas é o que a Confraria dos Lobos lhe deseja!!!!


Forte abraço!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dicas: modificar guidão pode prejudicar o controle da moto.

Peça é essencial para uma condução segura. O segredo é não exagerar nas alterações.

Gosto é como nariz, certo? Cada um tem o seu. Esperta, a indústria da motocicleta procura atender a cada um de nós de maneira quase que individual, criando motos de todo tipo e para todos os gostos. Mesmo com essa grande variedade, há quem queira algo mais – ou algo menos – e assim surgem as motos modificadas “ao gosto do freguês”, cada vez mais frequentes na paisagem nacional.


Guidão alto, estilo 'seca-sovaco', deixa braços esticados em demasia (Foto: Flavio Moraes / G1)
 Customização” é a palavra aplicada para, geralmente, definir o que os donos de Harley-Davidson e demais motos do estilo custom fazem com suas máquinas. A regra é: quanto menos original, melhor. E assim, dá-lhe detalhes: um cromado ali, um farolzinho acolá, e enquanto a coisa fica no nível do detalhe, tudo bem. Porém, quando as modificações atingem algo mais que delicado posicionamento de pilotagem, a coisa pode complicar.
A regra é usar o bom senso: um guidão altíssimo, no mais puro estilo “seca-sovaco”, pode comprometer a manobrabilidade da moto de uma maneira prejudicial à segurança. Do mesmo modo um guidão estreito, curto e baixo, totalmente oposto, também. Assim, fique esperto: motos são veículos que exigem domínio pleno e perfeito. Mesmo que você a utilize apenas para passear tranquilamente e não pilote esportivamente, a moto customizada deve continuar sendo 100% domável. Freios, embreagem e câmbio precisam ser acessíveis e funcionais tal qual no modelo saído de fábrica.

Guidão estreito pode alterar dirigibilidade da moto
(Foto: Roberto Agresti/G1)
Mas você não faz parte da tribo custom e sua realidade não é desfilar de motocicleta. Na verdade, a moto para você é uma ferramenta de transporte ou até mesmo de trabalho, e modificações mais do que atender aspectos estéticos visam fins práticos. Neste caso, sua vida ao guidão se passa boa parte do tempo rodando pelo corredor entre os carros parados, um ambiente onde se sua moto fosse fina como um pente ela seria mais do que perfeita: nada de esbarrões nos espelhos retrovisores alheios, zero confusão com os enclausurados dos carros.
Para tornar isso algo próximo da realidade, a tentação de entortar o guidão ou mudar o original por um mais estreito é grande, e o mesmo ocorre com o posicionamento dos espelhos retrovisores e das manetes de embreagem e freio dianteiro. Inverter o lado dos espelhos é algo bem comum, assim como reposicionara as manetes, inclinando-as para cima, porém.... use seu bom senso!
Um guidão estreito demais certamente facilita passar em frestas, mas oferece uma alavanca menor, alterando a dirigibilidade da moto de modo importante. Ou seja, não exagere. Com relação aos espelhos retrovisores, trocá-los de lado pode facilitar a vida entre os muros de carros, mas e quanto à visibilidade, função primordial e importante desse acessório?
Equilibrar a necessidade prática à exigências de segurança é básico. Já quanto a alterar o ângulo das manetes de freio dianteiro e embreagem, virando-as para cima de forma exagerada, esta é realmente uma péssima iniciativa: o que se ganha na “navegação“ entre o mar de espelhos retrovisores dos carros se perde em segurança.
Alterar o posicionamento destes comandos não é proibido, mas jamais de modo a ultrapassar o ângulo que as deixa paralelas ao chão. Passar deste limite exigirá das mãos um movimento antinatural, que prejudica não só o acionamento da alavanca (algo grave no caso do freio dianteiro, especialmente) como também poderá, a longo prazo, causar um problema físico em suas articulações e/ou tendões.

Alterações dos comandos também devem ser sutis
(Foto: Roberto Agresti/G1)
Enfim, como dito no início, neste tema de modificações vale sempre o bom senso: não é pecado você deixar sua moto com a “sua cara” e tampouco adequar os comandos à suas preferências e gostos, variando quando possível o posicionamento e conformação originais de guidão, manetes, pedaleiras e pedais.  Mas não esqueça que, antes de mais nada, vem a funcionalidade, que está diretamente associada ao fundamental domínio pleno dos comandos e, consequentemente, com a sua segurança.

Fonte: G1 - Roberto Agresti.


Boas estradas, ventos favoráveis é o que a Confraria dos Lobos lhes deseja.

Foto arquivo pessoa Confraria dos Lobos - Aconcágua.

#Miscelânia: sancionado adicional de 30% para quem trabalha com moto.

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira (18), em cerimônia no Palácio do Planalto, lei que inclui a atividade de quem trabalha com motocicleta no rol de profissões consideradas perigosas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Com a sanção, os motociclistas terão direito a adicional de 30% sobre o salário por periculosidade. Segundo a Secretaria Geral da Presidência, a lei vai abranger as profissões de mototaxista, motoboy, motofrete e serviço comunitário de rua.

Durante a cerimônia, Dilma disse que a mudança na legislação é justa e necessária. "Hoje, com a sanção da lei, estamos mudando a CLT, para agarantir a todos os motoboys, mototaxistas, motofrentistas o direito ao adicional de periculosidade e que significa o adicional de 30% sobre seus salários. Nada mais jutos, nada mais necessário", disse a presidente.
O texto a ser sancionado pela presidente Dilma deverá ser publicado na edição do "Diário Oficial da União" desta sexta (20) e vai especificar a partir de quando as regras passarão a valer.
O projeto foi aprovado pelo Senado em 28 de maio e garante os direitos a quem trabalha com motocicleta.
Atualmente, a CLT considera perigosas as atividades que “impliquem risco acentuado” ao trabalhador em virtude de exposição a produtos inflamáveis, explosíveis ou energia elétrica, além de seguranças pessoais ou de patrimônio.
Os profissionais que exercem atividades sujeitas a esses riscos também têm assegurado o direito ao adicional de periculosidade de 30%.
De acordo com o Ministério da Saúde, o número de mortes em acidentes de trânsito com motos no Brasil aumentou 263,5% entre 2001 e 2011. Segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM),  foram 11.268 mortes no país em 2011 e 3.100 em 2001.

Fonte: G1