quinta-feira, 6 de setembro de 2012

#Segurança: A polêmica dos pedágios para motociclistas.


Segurança X Sensatez

By Marcos Duarte at setembro 1, 2012 | 14:07

Partindo do princípio que as estradas e rodovias foram destinadas também a motocicletas de vários modelos e tamanhos, e que no Brasil a maioria esmagadora das motocicletas que circulam são menores que 150cc, veículos esses de baixa potência e peso, frágeis até nos meios urbanos, não se consegue entender sensatez na disposição do local de passagem pela via expressa e do início da Rodovia Castello Branco, a poucos quilômetros da capital.
O fator segurança, que deveria nortear os idealizadores e engenheiros de tráfego das via públicas, parece ter passado desapercebido nesse trecho.
Via de regra o condutor de pequenas motocicletas, scooteres ou motonetas deveriam conduzi-los o mais a direita possível, evitando-se as pistas da esquerda, destinadas aos veículos de maior velocidade.
Porém, coitado do motociclista de uma pequena motocicleta que queira dirigir com segurança necessária no trecho inicial da Rodovia Castelo Branco e sua marginal expressa, nas adjacências de São Paulo.
Se rodar com a velocidade de cruzeiro pelas faixas da direita, das quatro existentes na via expressa ou da Rodovia, logo verá que terá que manobrar para as pistas da esquerda, no meio do fluxo pesado, pois a única passagem para motocicletas está disposta justamente na cabine central do pedágio, cabine essa que terá que dividir com automóveis.
Como nesse trecho há cerca de 27 cabines – 16 delas na via expressa, o piloto verá ao seu lado nada mais, nada menos que oito filas de carros de cada um dos lados da motocicleta.
É possível imaginar uma situação dessas durante a semana, quando o local é apinhado de veículos. Mas, mesmo nos finais de semana o problema não minimiza. Se há menos maiores e “ziguezagueando” entre as faixas, para aproveitar uma cabine mais vazia. Nessa dança, quem “dança” é o piloto.
O problema ainda é menor para o piloto quando está chegando ao pedágio e tem que enfrentar essa maratona para conseguir passar entre 16 filas de carros, afinal todos os automóveis estarão reduzindo, para pagarem seu quinhão.
O problema se agiganta depois da passagem. Todas as 16 cabines “soltam” no trânsito automóveis, caminhões e ônibus ávidos a ganharem velocidade rápida, até porque a pista, em poucos metros, voltará a ter só quatro faixas de rolagem.
A matemática é simples: dezesseis cabines = 16 faixas de rodagem que se transformarão em 4 faixas de rodagem. Logo: serão quatro automóveis brigando por uma única faixa. E o piloto? O piloto que se dane. Se for bastante experiente e tiver uma motocicleta mais potente, arriscará entre os carros e de desvencilhará do problema mais cedo.
Se for um piloto mais novato, ainda que bom piloto, e estiver numa moto de pequena cilindrada, além de boa técnica e sorte, dependerá de muita oração para sair ileso.
E as autoridades? Que dizem desse disparate? Qual a lógica para tal disposição da cabine para motos?
É possível ouvir de longe que pode ser por segurança do pedágio, pois há muitos assaltos com motocicletas etc.. E então, protegeremos os donos dos pedágios e mataremos os motociclistas?
É possível ouvir, também, que as motos passam com muita velocidade e imprudência, etc. Mas, cadê a fiscalização então? Todos serão punidos e expostos a riscos sérios e iminentes, para facilitar a vida daqueles que vivem exatamente da exploração dos pedágios? 
Não é demais insistir que, além de tudo a motocicleta é obrigada a dividir uma única cabine com automóveis, muitas vezes não tendo espaço sequer para si, no caso das motos com bolsas laterais e as de maior porte.
Talvez a desculpa seja pelo fato da motocicleta não pagar pedágio. E então? Quando aceitaram a concessão, não aceitaram as regras?
Esse assunto já tem dado muito o que falar e certamente dará muito mais. Cópia desta matéria foi mandada aos órgãos responsáveis. Aguardemos o pronunciamento.

Boas Estradas Amigos!

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