Vamos falar um pouco mais sobre embreagem?
Um erro comum de muitos motociclistas é maltratar a embreagem. Além de desgastar de modo prematuro o componente, isso aumenta o consumo de combustível, reduz o desempenho e faz o motor durar menos.

Por conta deste “esfrega-esfrega” de componentes, a embreagem também é chamada de fricção, o que ajuda a entender não só seu princípio de funcionamento, mas também o que representa exatamente maltratar a embreagem.
'Queimada de embreagem'
Regra número um: quanto menos tempo a mão estiver agindo na manete de embreagem de uma moto, melhor. São muitos os motociclistas que, por preguiça ou desconhecimento, em vez de colocar o câmbio em ponto durante parada mais prolongada, preferem deixar a mão apertando a manete de embreagem. A atitude causa o desgaste.
Pecado maior comete quem tem o vício de elevar os giros do motor agindo na manete. É a conhecida “queimada de embreagem”, nome que, como veremos, não é um mero apelido.
Fazer isso uma vez ou outra é aceitável e até necessário em situações específicas, como ao superar um pequeno obstáculo tipo lombada, evitando desconfortáveis trancos na transmissão. Porém, se a “queimada” virar mania, o material presente nos discos da embreagem literalmente se esfarelará por causa do atrito exagerado e da alta temperatura decorrente disto. Como os discos trabalham mergulhados em óleo na grande maioria das motocicletas, o resultado não será apenas desgaste, mas também a contaminação do óleo, que é o mesmo que lubrifica o motor.
Por qual razão o óleo passa do belo tom dourado quando novinho ao preto café? Parte da culpa pode vir de um excessivo desgaste da embreagem, o que prejudica o poder lubrificante do óleo, irremediavelmente comprometido por detritos.
Outro pecado comum é não respeitar a regulagem correta recomendada pelo fabricante.
Folga na manete

Toda a motocicleta é dotada de um fácil sistema de regulagem do cabo, na saída da manete. Também é possível fazer a regulagem na parte do cabo que se encontra com a alavanca de acionamento situada no cárter. De tempos em tempos a regulagem é necessária, pois, como visto, o desgaste faz parte do jogo. O que não pode é andar com a embreagem desregulada, pura preguiça que custa caro.
Prologue a vida útil
Como todo componente de um motor a embreagem tem uma vida útil que, como avisei, pode ser prolongada de maneira importante caso o uso seja correto. O fim de vida do sistema dá “avisos” claros, como a conhecida “patinada” (quando a manete é solta e mesmo assim parece estar ainda atuando), ou quando ocorre um endurecimento evidente no acionamento. Vibrações são outro forte indício de que algo não vai bem assim como ruídos estranhos, uma espécie de “mugido” que ocorre principalmente quando o motor está frio, diminuindo quando a temperatura de exercício é alcançada.

Por fim, cuidado especial merece também o cabo de embreagem. Em motos grandes, o acionamento da embreagem é hidráulico, porém na maior parte das motos é o bom e velho cabo de aço correndo dentro de uma capa que responde pela tarefa. Lubrificá-lo constantemente, usando óleo fino em spray com alto poder de penetração, é uma tarefa que nenhum motociclista pode negligenciar.
Fonte: http://g1.globo.com/motos/blog/dicas-de-motos *Fotos: Divulgação; Roberto Agresti
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